Imagem criada e editada por Sara Melissa de Azevedo para o Castelo Drácula

A matéria que suavemente vela o meu corpo, fora feita da suprema energia que permeia o universo. Sou um navegante do tempo a brindar com esferas, no Limiar sou fragmento, sou aquele que as criaturas desperta… 

O sucumbido grito meu, tentou alertá-los sobre a travessia, todavia, o Limiar rejeita e castiga aquele que não estiver em sintonia, pois o tempo sob o comando teu, é navalha a gerir carnificina. 

Na fenda mais profunda, criaturas se gladiam, são deuses de suas histórias, imbuídos em prol da glória, de tecer seus destinos, com o sangue que agora jorra. 

No âmago da fenda, repousa o ancestral vampírico, semente adormecida no ventre do caos. Das essências derramadas, serpenteia a força primitiva - Cernunnos desperta, sua coroa de chifres tecendo sombras no limite do real. Em Lencastre, receptáculo da noite eterna, fundem-se as energias prístinas... O Limiar estremece, pois nas veias do imortal corre agora o poder do deus selvagem, e do sacrifício nasce a aliança sagrada, entidade que carrega em si a sabedoria das eras, onde predador e protetor são um só no tecer dos destinos. 

Texto publicado na Edição 13 da Revista Castelo Drácula. Datado de fevereiro de 2025. → Ler edição completa

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