Apoiadores públicos da nossa campanha (mês atual): Suzy Deise, Bianca Pereira, Davi Ferreira, Weslley Cunha, Elza Maria, Amanda Priscila. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula!
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
        
        
      
    
    
            
              
            
            
          
              Apoiadores públicos da nossa campanha (mês atual): Suzy Deise, Bianca Pereira, Davi Ferreira, Weslley Cunha, Elza Maria, Amanda Priscila. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula!
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    Há dois anos erguemos este castelo de palavras que sangram. É fascinante revisitar os corredores do tempo e reconhecer tudo o que conquistamos até aqui — o quanto evoluímos, o quanto criamos. Foram dois anos de aprendizado, de aprimoramento e, sobretudo, de vínculo. Os apoiadores nos ampararam desde o princípio, os leitores abriram seus corações às nossas páginas e, imersos na dedicação, estão os nossos autores. Alguns foram embora, outros fazem hoje dois anos de residência no Castelo Drácula; e novos seres soturnos acabaram de chegar. Esse movimento é a vida que pulsa neste lugar — e a morte. Ciclos se iniciam e se findam, mas o Castelo Drácula é atemporal e imortal, sempre resistente. Nós nos desafiamos em todas as edições e a qualidade literária dos autores fica, a cada novo dia, mais evidente para mim. Sinto-os como parte da minha existência, por isso me dói quando partem e me alegra quando chegam. Crio um carinho especial por eles, um amor de trevas e admiração — e eu espero que se recordem do Castelo Drácula como um lugar protegido para descansar e permanecer. Desejo que muitos outros anos possam ser comemorados ainda. Agradeço a cada autor por confiar em meu trabalho como Anfitriã, por manter aceso o lume carmim da criação e por fazer deste projeto um organismo vivo. Dedico-me a construir uma revista que conserve a essência do sombrio, que abrace o belo e o terrível em igual medida, e que ofereça voz aos que se dedicam a escrever sempre, mesmo e apesar das intempéries mundanas. N’esta edição comemorativa, trazemos aos leitores uma imersão no erotismo com o especial A Vertigem do Êxtase; e mais terror com o Especial de Halloween; e, por fim, dois contos e uma poesia na temática Aniversário Macabro. Tudo isso em comemoração aos nossos dois anos de existência, um tributo ao tempo e à imortalidade d’este projeto inigualável. Boa leitura!
            
              
            
            
          
              Era, sem dúvida, o melhor velório a que eu já tinha ido, não pela comida, mesmo que o bolo de ossos moídos fosse bastante crocante e os brigadeiros…
            
              
            
            
          
              Caríssimo Dom Søren. No meu coração reside uma profundeza triste que, como uma tenra maré, movimenta-se em ondas frígidas sobre a areia…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Balão festivo, alegra o entardecer! | Refulge níveo e vai no sopro-vento; | Menina que o observa a perceber | Que o escuro vem estranho e nevoento…
Ó noite sem mácula, mãe da luxúria e do pecado, | abre o teu ventre de trevas sobre meu corpo acorrentado, | pois não há cárcere que baste…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Vem, faça o que desejas me fazer… | Amor, quero sentir bem mais profundo… | Febril saliva, leva-me a tremer… | Tesão vertendo a cada um só segundo…
Este lúgubre castelo com certeza é o lar de muitas histórias, de muitos seres e muitas memórias. São tantos segredos aqui guardados, mas o meu…
            
              
            
            
          
              Por dentro do Castelo no qual vivo | Perdi-me em seus recintos escultóricos: | Envolto em branco mármore, cativo | Por linhas de um amor sem fim, pletórico…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Velha vontade vigora | veneno visceral, viola. | Vagueio vigiando vidas, | vazias, vulgares, viciosas…
            
              
            
            
          
              Data incerta - Achei que havíamos...
        
        
      
    
    
            
              
            
            
          
              Meu sexo é uma romã. Exposta. Aberta. Rósea…
O silêncio é um corpo que respira no escuro, | pele de sombra colada à alma da noite. | Ele pulsa como ferida não dita…
            
              
            
            
          
              Dentro de mim reside uma chama acesa, | Habita a obscuridade de meu coração, terreno arenoso. | Ela perpassa meus pensamentos e apazigua meus sofrimentos…
            
              
            
            
          
              Enquanto guardo minha obsessão em meu íntimo, um pensamento sorrateiro surgiu, causando-me calafrios: será que mais alguém achou o temível livro?…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Magenta. Mil batidas imortais, | A música ressoando devagar | Enquanto os nossos corpos imorais | Transgridem a luxúria a se afogar;…
Me pego a imaginar, já faz uns dias, | Você trajada em vestes antiquadas: | Num branco esvoaçante entrelaçada; | Cabelo solto ao vento… Qual rainha…
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    A pena deslizou pelo papel como uma adaga na carne. Cada frase, um corte. Cada palavra, um espasmo de dor. No último ponto, a personagem se extinguiu…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Caminhava nas ruas escuras de Verttica. Nenhuma luz natural... uma aurora sem pálido sol. O minimalismo geométrico da metrópole, cingido num orvalho de…
Cordas mordem sua pele como dentes impacientes, | marcando trilhas vermelhas | onde o sangue ameaça florescer. | Ela sorri, um eco rouco de prazers…
            
              
            
            
          
              Gotas sutis de rubra e negra cor, — Axioma das almas notívagas | Pretensiosos corações abnóxios, | inerte a razão ante a escuridão | Em habitação tão inócua de tua mente…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Contornei as curvas do belo corpo. Sem a urgência de término, acompanhava como…
            
              
            
            
          
              Kaire, tríplice eclipse, ao deleite do meu psique! | Que teu trovão d’alma irrompa, que o clamor de abysmo…
        
        
      
    
    O silêncio, a angústia, assim como o inaperto | em jornada abstrusa | pela dissoluta existência. | Aqui entre a absolvição e a condenação…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Transcenda, desloca-te... Para um estado de intensa alegria, prazer, admiração ou arrebatamento, no qual a pessoa se sente transportada...
        
        
      
    
    
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    O pergaminho estava manchado de ferrugem e mofo, as bordas esfarelando como casca de árvore antiga, uma relíquia resgatada do fundo de um túmulo…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              No ciclo natural das coisas e acontecimentos, onde tudo nessa existência demonstra-se ser efêmero e transitório, não há tristeza eterna e muito menos…
Atualmente, não há quem não conheça Drácula, o icônico vampiro que, desde a sua publicação em 1897…
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    O ar da tarde estava tépido, pairando úmido e denso, reverberando com trovões distantes. Doutora Priscila olhava pela janela as escuras nuvens no horizonte…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              A existência era gélida, angustiante, e drenava suas forças. Ela já havia passado, há muitos e muitos anos, pela excitação do novo, das descobertas e experiências intangíveis…
Desde que Bram Stoker publicou Drácula em 1897, o conde da Transilvânia deixou de ser apenas um personagem literário..
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    O sol resplandecia imponente no firmamento azul-índigo. Diziam que era o dia mais quente do ano. Dentro da taverna, o calor era enlouquecedor; o suor não parava…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Um dia, Lorde Vlad resolveu agir. Era o proprietário de um suntuoso castelo, cuidadosamente desenhado por sua falecida esposa, cujo conhecimento…
Em um cemitério antigo, esquecido pelo tempo e pela memória humana, repousava uma presença mórbida, imóvel e serena…
            
              
            
            
          
              
        
        
      
    
    Escrevo-te tal epístola sanguínea com esta pena que se banha no meu próprio tormento. | Cada sílaba que deixo aqui é um fio de minha vida, e, no entanto, não cesso…
            
              
            
            
          
              A voz sempre esteve lá, não como um grito, nem como uma ordem, mas como um sussurro paciente no fundo da minha cabeça, sugerindo e esperando…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Preces silenciosas | Perigosos pensamentos | Um sonho perturbador | Amarga ilusão | Padecer de sua ausência | atribulações para alma…
São Paulo, terra da garoa e dos mortos. A violência é intensa, isso não podemos negar, e com isso a vida desacontece...
            
              
            
            
          
              Já estava acostumado a descer aquela escada de pedra. Tão saturado, que já não percebia mais o cheiro úmido e o fedor de bolor invadindo suas narinas…
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Os desígnios da alma | esta que sofre com sua ingênua natureza | A inocência corrompida | na vil mortalidade…
Esta nossa matéria é embebida | de muito narcisismo e vaidade... | Nada dela se nos dispõe à vida: | só há cansaço além de enfermidade…
            
              
            
            
          
              A partida de Arale deixou um vazio em meu interior. Era curioso — talvez até contraditório — que ela, tão claramente não humana, tenha sido a primeira criatura a me tratar como igual neste mundo...
            
              
            
            
          
              
            
              
            
            
          
              Na beira do oceano ficava uma aldeia de pescadores. Era um vilarejo pequeno, lugar muito pacato onde a maioria dos homens trabalhava no mar…
A antiga Mansão Hollengrave não se erguia: ela se impunha, uma massa compacta e sombria de pedras escuras cravada no topo de uma colina…