Apoiadores públicos da nossa campanha (mês atual): Suzy Deise, Bianca Pereira, Davi Ferreira, Weslley Cunha, Elza Maria, Amanda Priscila. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula!




Apoiadores públicos da nossa campanha (mês atual): Suzy Deise, Bianca Pereira, Davi Ferreira, Weslley Cunha, Elza Maria, Amanda Priscila. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula!
Você está pronto para a Edição Theattro? Aqueles que revigoraram suas fés em Dívanno, talvez sintam alguma esperança diante da verdade tragicômica da vida. Mas, os que não conseguiram: é tarde demais para tentar. Porque aqui, neste espaço onde as cortinas são costuradas com os fios do fado, há uma única verdade — e ela é perversa e sublime, tanto inevitável: tudo é uma belíssima — e grotesca — mentira. A vida, como se apresenta no Theattro, é uma encenação. Uma farsa tão bem interpretada que até os próprios atores se esquecem do roteiro original. E, no entanto, cada ato encenado exige um preço. Os personagens, ainda que não o saibam, sofrem as consequências — na carne — de todos os erros cometidos desde o primeiro gesto, desde a primeira fala. E para os acertos também. Porque não há clemência no Theattro. Ele repete, exige, recorda. A vida é feita de consequências. O que é feito hoje, ou não feito, lastima seu nome amanhã, chamando-te de volta. Sempre. Eu sei, é terrível! É fabuloso! No entanto, ninguém se importa. Tenha em mente que todos os que aplaudem e vaiam são os mesmos que distorcem as cenas e esquecem dos atos. Eles também atuam, eles também mentem. Não há reconhecimento. Ó, sim, que horror! Que injusto! Eis o Theattro da vida e da morte, das crenças e dos prazeres, das angústias e do medos. O que é ser senão a interpretação de ser? Envolva-se no Theattro como se não houvesse um próximo ato; escreva este roteiro poético e mórbido — é tudo um grande espetáculo. Boas-vindas ao Theattro!
Perfeito, o Teatro — e nele a decadência | As máscaras são telas luminosas | Personas em suas tantas aparências | Roteiro de ventura confragosa;…
Perfeito, o Teatro — e nele a decadência | As máscaras são telas luminosas | Personas em suas tantas aparências | Roteiro de ventura confragosa;…
Nem um arco-íris faz | colorir dias gris | que tem por pretensão encantar, | mas, ao fim, | Só se faz desperdiçar…
Ser soterrada por minha desumanidade fez emergir no meu peito um vazio inominável que despertou algo que outrora nunca houvera...
Desejo pecaminoso | Impulso avassalador | Posso sentir seu sangue em meus lábios | Estou perdendo o controle..
Amo os clássicos, porque vemos que as mesmas inquietações reverberam na atualidade. Ao mesmo tempo que tudo mudou, nada mudou.
— Levanta-te morbígero cadáver! | Teus olhos vítreos pálidos reluzem! | Odor de morte antiga que paláver | Sem verbo zumbe horrores que conduzem;…
Permaneci parada como se os deuses estivessem parados os ponteiros do infindável tempo, porém aquele ritmo cadenciado do relógio permanecia ressoando…
No palco etéreo da sala escura, | ergue-se a vida vestida de fantasia, | com gestos vãos, em atitude impura, | finge um riso e esconde a melancolia…
Abracei o teu convite e vim prestigiar a ópera. A Vida, a Morte e o Tempo estarão presentes no teatro das sombras. Abram vossas mentes para as experiências que…
No ventre palestino o prometido, um dia, | Nasceu de uma virgem, sob luz de profecia. | Filho de Josué, do Espírito gerado, | Foi pelo rei temido, em berço arado…
Sangro em silêncio, e a vida me devora, | sou mais ausência do que corpo, um fardo. | A cada passo o abismo me implora, | mas visto a máscara do riso pardo…
Quando Ozzy desceu ao abismo profundo, | recusou pactos com o barqueiro sombrio.
Dê-me da escuridão que em ti reluz, | Glória e louvor a Lúcifer, o anjo de luz. | Apareça em santas trevas e deformidade, | E riremos juntos da celestial Divindade...
A névoa do passado é melancólica | Lembranças d’este outrora se dispersam: | O outono e sua Maçã tanto simbólica, | O inverno e a solitude que se versam…
Sua obscura canção não pode encantar | Os surdos ouvidos de quem te condena. | Toda a sepulcral beleza põe-se a poetizar, | E aos olhos deles, você apenas blasfema.
A morte caminhava ao meu lado. Espreitava em cada corredor por onde eu passava. Morei nesta mansão desde o nascimento e, ainda assim, o lugar guardava…
Existem dias em que todas as forças do Universo se unem para que o acaso possa acontecer de uma forma que nada, nem ninguém possa desconfiar…
Bebe do meu pescoço, | dos meus seios, das minhas coxas... | Bebe até o sangue de minh'alma. | Some, deixando-me anêmica e louca…
Seis mil anos antes da invasão do Abismo, um arquidemônio já sombreava o plano terrestre com suas asas.
As expectativas do público funesto eram altas. Os presentes, aos poucos, preenchiam os assentos do teatro, que se encontrava sob a penumbra diante…
Mãos esqueléticas e femininas, de dedos feridos e unhas roídas, penduraram pouco acima da janela apodrecida, num prego comprido e enferrujado, um…
No topo de uma profanada capela | nos antros de um cemitério | está ela, a vampira infernal, | feito gárgula fêmea ensandecida | sobre um macho cadáver humano.
Detenho um coração morto. É fato incontestável, mato e mato por ser um monstro, mato por sede e pelo prazer de matar. A humanidade, que outrora foi o…
Sete. O número ecoava no sótão empoeirado, onde a luz morria antes de alcançar os recantos mais profundos. Sete batidas secas do relógio de…
Jamais imaginei te carregar | Na forma e substância d’esta mágoa, | No peito que se assola por lembrar, | Rendido ao desalento e morto em frágua…
A clássica citação já nos acende o sentimento profundamente existencial que permeia a obra-mestra do grandioso Shakespeare…
De ti eu me afastei na primavera, | Bem quando o elã de Abril, com seu preparo, | Depôs um ar travesso em toda esfera, | Na qual até Saturno achou amparo…
Como posso voltar a ser feliz, | Estando carecido de descanso? | O mal do dia as noites faz febris, | E assim com dia e noite iguais avanço,…
De tudo farto, à morte, à paz suplico, | Por ver alguém tão bom nascer sem nada, | E quem tem tudo de alegrias rico, | E a fé mais pura e crente tapeada,…
Preciso ir embora. Esse pensamento martela no meu coração, quando abro os olhos e não vejo nada, apenas o escuro. Nas pontas dos dedos…
“...quero indicar sobretudo que para mim o teatro é ato e...
O sino badalando na porta indicava a chegada de novos clientes, uma mãe e sua filha. A mãe olhava nostálgica ao seu redor, várias estantes recheadas de bonecas clássicas, de todos os tipos, pano, porcelana e afins, além de uma caixinha, que tocava uma doce música de ninar....
Aslam E. Ramallo é um artífice da palavra cuja poética nos conduzirá ao âmago mais profundo do existir, onde a vida pulsa em sua crueza e a morte se impõe como destino inevitável; mesmo assim, ele semeia esperança — um raro brilho nas brumas da decadência. Com cadência exacta, entretece emoção e razão, revelando que a dor pode ser luminosa, e a lucidez, comovedora. Esta seleção reúne quatro de seus poemas mais sublimes, cada verso convidando-te a um mergulho que é, simultaneamente, silêncio e clareira.
Apreciem!
Sahra Melihssa
Ela entrou no ônibus desconfiada, mas hesitou em perguntar se a rota passaria no ponto da sua rua. Sentou-se no último banco e esperou. Nada… O veículo ia ficando cada vez mais vazio…
A bruma gélida da manhã engolia a vila de Oakhaven, transformando as poucas casas em fantasmas cinzentos e o velho cemitério em um mar…
Sou tal qual o monstro de Goya, | sou a fera cruel que te condena | a ser o alimento da minha fome, | devoro-te com o phallus e com a boca, | sou Chronos, o faminto…
Fragrância em tua tez tanto me instiga, | Provoca-me o sorriso, m’entorpece… | Fleumático e febril, viril me intriga… | Estímulo notívago, me aquece…