
Apoiadores públicos da nossa campanha: Carlos Conrado, Bianca Pereira, Davi Ferreira, Weslley Cunha, Leonardo Garbossa, Elza Maria, Amanda Priscila, Valesca Gomes. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula! Obrigada à Omniverse Livraria e Hobbystore pelo patrocínio no impulsionamento mensal de cada nova edição.

1 | Introdução: Mensagem da Anfitriã
2 | As Crônicas do Castelo Drácula (diversos autores)
3 | Especial Edgar Allan Poe
4 | Contos Prenumbrais (diversos autores)
5 | 4 Poesias Ultrarromânticas do autor Wallace Azambuja (seleção especial por Sahra Melihssa)
6 | Sepulcro Poético (diversos autores)
7 | A Mansão Negra (por Sahra Melihssa)
8 | Autora em Destaque: Júlia Trevas (por Sahra Melihssa)
9 | A Maldade Humana por Sahra Melihssa
10 | Eros Mórbia: Erotismo obscuro para maiores de 18 anos (diversos autores)


Na ambígua ponte entre o insólito perturbador e o fascínio silente, ergue-se a 16ª Edição da Revista Castelo Drácula. Sob o jugo da escuridão abíssica, o domínio da noite se alastra — e as correntes do medo arrastam-se pelas pedras da solidão. As trevas fundem-se ao lume rarefeito de um alvor jamais contíguo, enquanto a névoa ondulante difunde-se no ar, tecendo um caminho sobre a bruma fosca — índigo, cinérea, perolada.
Soramithia é travessia e queda. Ponte entre o medo e o fascínio, entre a prisão e a liberdade, onde cada passo ressoa no vazio do insondável.
Envolvemo-nos aqui em uma atmosfera azúlea e opaca, beirando tons de verde morto. Nossa inspiração emerge da silente verdade do horror cósmico, das correntes do oceano profundo e das brumas que escondem segredos ancestrais. Trazemos à superfície o abismo e o calabouço — não como metáforas, mas como habitat de nossas almas perdidas e condenadas. Uma edição demasiado humana, sim, mas habitada por criaturas esquecidas, que despertam e se erguem... levando-nos, por fim, à loucura.
Imerja-se nesta atmosfera densa, acorrentado à agonia de teu próprio corpo e espírito. Porque tu sabes — algo se aproxima. Instável. Disforme. Desordenando tua mente, povoando-a com visões obstantes... e letais.
Prenda a respiração. O oceano negro e profundo clama por teu nome.
Boas-vindas à Soramithia.
Com obscura cordialidade,
A Anfitriã: Sahra Melihssa


Nesta edição, as Crônicas mergulham os personagens nas águas turvas de um oceano que não é apenas salgado, mas tingido pelas pulsões mais sombrias da alma. Entre intensidades de luxúria azulescida, emergem horrores velados — conduzidos pela morbidez, pelo medo, e pela solidão que reverbera nas profundezas. Cada narrativa é uma âncora lançada em alto-mar, uma ressonância do que há de mais perturbador nos antros do ser. Preparem-se para encontrar criaturas cujo murmúrio através da espuma é aterrador, imerja-se nas memórias naufragadas que insistem em voltar à tona, e nos desejos afogados que retornam com olhos de angústia à superfície.
Capítulo 11: Pecado... — Sahra Melihssa
Símil a um olho, o obscuro pingente reluzia. A lótus negra decerto significava meu ainda existente vínculo com…
Capítulo 12: Seu Raro Rubi — Sahra Melihssa
O céu era como a De Sterrennacht, embora em tons azúleos, opacos e cinéreos…

Este universo compartilhado entre os autores, fornece ao leitor uma riquíssima gama de histórias memoráveis.

O Tribunal das Sombras — Aslam E. Ramallo
30 de Julho de 1871— Resolvi escrever como meu irmão fazia — hábito que nunca tive, mas que, por alguma razão, agora me parece necessário…
Mar Espectral - Júlia Trevas
Um assobio cortava os corredores do castelo, como sempre escuro e esquecido. Aquele assobio dominava e transpassava seu eco junto de uma…
No submerso da caverna, mergulhamos nossos corações - Aryane Braun e Marcos Mancini
Após o incidente com Eleanor, nada mais parece se ajustar às leis da razão…

Sob o Véu da Noite: Velian e o Abismo — Weslley Cunha
O vento cortante do Rio de Janeiro soprava com hálito de tempestade, uivando entre as rachaduras dos prédios antigos como se os deuses da noite trovejassem advertências...
A minha vida só me dá desgosto; por isso, darei vazão à minha queixa e me expressarei com a alma amargurada - Valesca Afrodite Gomes
Capítulo 1: Sangue e Bastilha — Carlos Conrado
Um corpo estirado à beira do lago, arranhões e sangue lhe cobrem o rosto, pólvora e lama tingem as suas vestes…

Em As Crônicas do Castelo Drácula, você pode mergulhar em diversas histórias únicas, com protagonistas de personalidade forte:

8 – Limiar azulado: paisagens de melancolia e (des)conforto — Michelle S. Nascimento
Encarei o vazio nos olhos do abismo…
Capítulo 2: Bon Vivant — Carlos Conrado
— Nunca me imaginei sujando as minhas mãos com o sangue de ninguém. Mas desta vez, eu não podia permitir…
O pergaminho do limiar - Marcos Mancini
Arale vestira um capuz escuro, cor de carvalho envelhecido. Olhando para trás, de uma forma enigmática, desejando que a garota que conhecera…







Nesta edição, tenho o prazer de apresentar uma seleção de quatro poemas de Wallace Azambuja, um poeta cuja versatilidade transcende os limites do amor e do sombrio, entrelaçando-os em versos que ecoam as profundezas do espírito humano.
Wallace, residente em Porto Alegre e estudante de Letras na UFRGS, é um apaixonado por sonetos, formato que domina com maestria. Sua produção literária atual está voltada à escrita deste clássico formato poético, onde expressa suas experiências e sensações pessoais com uma sinceridade desnudada.





Doutora Saeeri Heigger é convocada para investigar os sonhos aterradores de uma criança de nove anos. Entretanto, o menino pertence à família Sttrattan e reside na Mansão Negra. Convencida de que se trata de apenas mais um caso clínico, Saeeri aceita a proposta, mas, parece que o que dizem sobre os Sttrattan é pior do que ela imaginava e os horrores oníricos vão além da mente de seu pequeno paciente. Imerja-se nos quatro primeiros capítulos disponíveis para leitura gratuita. Esta obra está sendo escrita pela autora Sahra Melihssa.


Escrito por Sahra Melihssa
Nesta edição, tenho a honra de destacar a presença obscura e poética de Júlia Graziela Pereira Trevas — uma escritora que parece ter sido gerada nas profundezas do próprio nome que carrega. Natural de Campina Grande, na Paraíba, Júlia é formada em Letras – Inglês pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e atua como professora. Desde a juventude, quando seus primeiros versos ainda murmuravam timidamente nos papéis, ela já desenhava os contornos de uma autora que saberia transitar entre a delicadeza da introspecção e a inquietação do sombrio. Durante sua formação acadêmica, aprofundou-se na Literatura Gótica — e foi neste espelho que encontrou seu reflexo mais legítimo.
O sobrenome "Trevas", por mais que pareça um artifício de ficção, é, de fato, real. E talvez resida aí parte do encanto que ronda sua escrita: uma travessia constante por entre mundos escuros, onde a alma caminha às cegas, tateando as paredes frias da existência e do sobrenatural. Autora do livro Elegia, um compêndio poético marcado por ecos melancólicos e assombrações delicadas, Júlia impressiona não apenas por sua capacidade lírica, mas pela densidade filosófica que permeia cada palavra escolhida com intenção.
Entre as Crônicas do Castelo Drácula, indico com entusiasmo “O Ritual do Vinho” — um conto que se derrama como um vinho negro sobre a pele do leitor. Nele, Júlia demonstra sua habilidade ímpar de criar atmosferas densas e sensoriais, conduzindo-nos por caminhos de deleite sombrio e presságios velados. Nesta edição, brindamo-nos ainda com sua colaboração em um artigo primoroso sobre “A Máscara da Morte Rubra”, de Edgar Allan Poe, onde ela mergulha nos símbolos da morte com a erudição de quem conhece bem os abismos da alma humana.
Júlia Trevas é uma presença que se sente — como um frio súbito na espinha, ou o aroma longínquo de uma flor morta. Ler suas obras é permitir-se caminhar por veredas silentes, onde as palavras têm gosto de crepúsculo e lembram-nos do quanto pertencemos, afinal, às trevas mais profundas.

A Maldade Humana - escrito por Sahra Melihssa
Cultivada no seu próprio solo, a maldade humana é uma brincadeira de mau-gosto do acaso; uma construção perversa do sistema; uma condição…




Escrevo esta carta porque devo explicações aos meus familiares e queridos amigos, já que sumi há anos e, decerto, sou dada como morta…