
Ao adentrar o Castelo Drácula, a protagonista é envolta por uma realidade onde arte e loucura se entrelaçam. Cada pincelada em sua tela não apenas expressa emoções, mas também convoca entidades que desafiam sua sanidade. Neste ambiente gótico e onírico, ela confronta traumas passados e descobre que a linha entre o real e o imaginário é tênue. Uma jornada introspectiva que revela os abismos da mente humana e os segredos ocultos nas sombras do castelo.
~ Capítulos ~
No céu, a Lua pairava sobre as torres alongadas do castelo tenebroso como um farol prateado. Sua esfera irradiava um cintilar frio e cristalino…
Encarei o vazio nos olhos do abismo, | onde a flama ardia como lava do vulcão à beira da eclosão…
A escuridão daquela noite me envolvia tal qual um abraço mortal, expulsando qualquer vestígio de sono. Desci em busca de um alívio…
Estou diferente. Não sei dizer exatamente o que, mas estou. As interações com o ambiente parecem ter adquirido novas roupagens…
O desassossego noturno retornou para açoitar-me. Inicio meu relato desculpando-me pelos prováveis lapsos de memórias e confusões textuais…
Tinha o costume de escrever essas palavras em alguma superfície e, provavelmente, as eternizei na parede do banheiro daquele Pub que já mencionei…
Meu quarto é imenso. Tudo no castelo é de bom gosto, com estilo refinado e ares vitorianos, como se estivéssemos dentro de um set de filmagem…
Não era adepta de diários. Em minha vida pregressa, o papel era o receptáculo subserviente que recebia todas as minhas frustrações…
Violentei a tela alva com fortes estocadas do pincel. A intenção era descarregar todas as amarguras que insistiam em me assolar naquele dia….
Amo os clássicos, porque vemos que as mesmas inquietações reverberam na atualidade. Ao mesmo tempo que tudo mudou, nada mudou.