Apoiadores públicos da nossa campanha: José André, Elza Maria, Amanda Priscila, José Carlos, Leonardo Garbossa, Valesca Gomes, Aleksandra Cazorla. Um especial agradecimento pelo carinho e confiança que cada um de vocês dão ao nosso Castelo Drácula!
Sejam todos bem-vindos ao Anual Baile de Máscaras do Castelo Drácula. Um obscuro evento que fará a sua imaginação sombria sangrar. Ao adentrar as ancestrais portas deste castelo, preparem-se para um desfile de figuras enigmáticas, artefatos encantados e aparições sobrenaturais que desafiam a sanidade. Os salões ecoam murmúrios de eras passadas, e cada canto esconde um segredo à espera de ser desvendado.
Indago-me se nossos convivas estão prontos para se aprofundarem ainda mais neste abismo gótico, pois, uma vez que nos imergimos no que há de mais soturno de nossas almas, não poderemos mais sair. O peso das trevas aqui presentes não permite retorno, somente o mais profundo mergulho no desconhecido.
Nesta edição, tenho certeza de que todos se encantarão pelo que nossos autores prepararam com carinho e intensidade. Cada conto, cada poema, foi forjado com a precisão de um alquimista, transformando palavras em verdadeiras poções literárias. Degustem, portanto, do licor-carmesim que está sobre a mesa, sirvam-se sem moderação. Contudo, estejam atentos ao relógio, pois, às três da manhã, todos deverão se recolher, caso contrário, o horror beijará os lábios dos desatentos. Às sombras não perdoam aqueles que ignoram seus avisos.
Que este baile seja uma celebração das trevas e um tributo à imaginação gótica. Que cada um de vós encontre nos escritos aqui presentes um espelho sombrio da própria alma. Sejam bem-vindos, e que a noite vos reserve mistérios e maravilhas indizíveis.
Sara Melissa de Azevedo
Índice
Mensagem da Anfitriã
As Crônicas do Castelo Drácula
Biblioteca do Castelo
Destaque do mês: Leonardo Garbossa
Contos Penumbrais
Sepulcro Poético
Selo Frenesia
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Sara Melissa de Azevedo | Valesca Afrodite Gomes | Henrique Siviero | Wallace Azambuja | Liza Abreu | Mykaella Gomes | Pablo Henrique | Aslam E. Ramallo | Leonardo Garbossa | Thiago Amorim
Capítulos
Estou há dez dias sem sair do quarto, são muitas as sensações…
Me chamo Mateo Castilho e acho estranho que eu conheça meu próprio sobrenome. Nasci num ducado do reino de Castela…
Bailes são sempre bailes. Misteriosos, longos, satisfatórios e saudosos. Ser convidada para um baile é sentir o primor de ser considerada uma…
Não duvido de mais nada… Deixei de duvidar há bastante tempo, e minha estadia neste Castelo, desde os primeiros momentos em que pisei com os pés aqui…
Estimado amigo, hoje escrevo-te pela manhã. Após meu encontro com Maria, obtive certas respostas, creio que ainda permaneço abalada devido as recentes…
Desde que meu celular descarregou totalmente, me perdi um pouco com a minha escrita, deixei a desejar algumas coisas…
Um estridente ranger é ouvido por toda biblioteca; a porta fora aberta, mas permaneço encarando o temível livro. Quando um forte caminhar rasga o…
15 de junho de 1871 - Volto uma vez mais a este caderno velho e surrado. Talvez já tenha se tornado um hábito, colocar nestes diários minhas angústias e…
Parece que nunca amanhece aqui. Onde estão os raios de […] | Descrença e desconfiança. Foram esses os princípios que me trouxeram aqui […]
Vê, meu amigo, a dor deste lugar... | Que figura se mostra ao teu olhar, | da qual podes dizer: esta conheço!? | Qual nome hoje se mostra à sepultura…
Destaque do mês: autor Leonardo Garbossa
Leonardo Garbossa nasceu em São Paulo, em 1995. Desde jovem é um leitor apaixonado e grande fã das obras romancistas. Sentimentalista por natureza, iniciou sua vida acadêmica na área das ciências exatas, migrando em seguida para psicologia, que estuda atualmente. Teve a infância…
Leonardo é um autor intenso, com uma sensibilidade que se destaca e uma intensidade que escorre ao leitor, de modo a inundar seu espírito de ressignificações próprias.
Leo se destaca por sua escrita fluida e intensa, com personagens que são altamente identificáveis para o leitor. Possuem uma carga psicológica bem delineada em suas narrativas, e uma poética imersa em sutilezas de sedução, amor e pensamento. Através de suas palavras, ele tece uma tapeçaria emocional que ressoa profundamente em cada um de nós, capturando as nuances da condição humana com precisão e delicadeza.
Com muita honra, o Castelo Drácula publicará o livro do autor, “Textos Curtos, de um Coração Longo”, numa nova edição refinada e definitiva. Este volume não é apenas uma coleção de textos, mas um verdadeiro compêndio de sentimentos, onde cada linha pulsa com a profundidade poética do autor, além disso, é uma verdadeira celebração da maestria literária de Leo, uma obra que certamente se tornará um marco na literatura contemporânea.
A escrita de Leonardo é uma janela para a sua alma no horizonte da sua criatividade, oferecendo ao leitor um vislumbre de suas inspirações.
Comentário de Sara Melissa de Azevedo
Na fria balada da noite, sob o manto da neblina | Surge figura soturna, felina. | Com sorriso aberto, nova vítima procura. | Caçada furiosa empreende…
Ádito aos templos, me detenho. | Corpo gravado com feitiços e magias, contemplo. | Lisonjeira mãe, que na escuridão oculta a todos | com garras soturnas…
— Nauärah? A palavra, o nome, simplesmente escorre pela minha boca, soando o mais natural e simples possível. Tenho certeza de que jamais...
Morte. É isso que verte pelas paredes do Castelo. […] Após escrever a carta para a minha família, deixo-a em uma espécie de escrivaninha…
Ao entrar pelos umbrais do castelo, fui tomado pela sensação lúgubre da morte […] A atmosfera deste Castelo é sutil e todo ruído da porta principal, o mínimo que seja, é possível ser ouvido…
Condenados aos trilhos de ferro, com olhares cansados, | Cabelos bagunçados | Dentre almas sem esperança | Viajando em enganoso momento de bonança…
Parece que nunca amanhece aqui. Onde estão os raios de […] | Descrença e desconfiança. Foram esses os princípios que me trouxeram aqui […]
Que tipo de presa seria, oh nobre e cruel rainha, se me entregasse por completo aos teus lascivos caprichos? Que tipo de serva seria se buscasse tua boca…
Dentro dos domínios pungentes da sanidade, me perco por inteiro. A eterna precipitação das cinzas assenta-se em camadas cada vez mais grossas sobre o solo,…
Novamente sinto o sabor pecaminoso em seus lábios vitrais. Como um beijo seco recebo em meu âmago a doçura ébria que somente teu…
O verdadeiro nome de Pai Thomas, ninguém sabia ao certo, muito menos qual era sua origem verdadeira…
Há quem diga que aqueles que atentam contra a própria vida nem sempre buscam pela morte, mas tão somente tentam acabar com a dor que os…
O passado lhe serve | Caso o conserve no sepulcro da memória | Experimente, embora já não lhe caiba. | Experimentei o meu, vestiu bem, compreende?…
Profundo silêncio entre os vestígios de vida sob o manto da madrugada. Se somente vozes fossem ouvidas, o que elas diriam? Com quem se confessariam?…
A vida é curta, disse-lhe a ciência. | Curta demais para dizer um não... | Tão curta que só de pensar na ausência | sente Isabel pesar o coração…
Dobrado, na sarjeta cinza e úmida | Jazia o corpo: inerte, a sós… De ação | Em volta, apenas olhos, viaturas; | No ar, a curiosa exclamação:…
Em vermelho sangue | Com letras douradas e brilhantes. | O envelope revela | Meu nome. | Um fascinante convite. | Daquele por quem | Secretamente…
Caminhar sobre um fio invisível | Como se disso, | Dependesse minha vida | É o mesmo que engolir mil facas | E não querer sangrar…
Vivendo nas sombras | Rastejando pela escuridão | Sinto pedaços de mim | Se desprenderem pelo caminho. | Sentimentos petrificados…
Sonata sombria ressoa | nociva suas notas violentas — | seus ecos se espalham e vibram torcendo | arpejos funéreos que vêm e que vão…
De viés, sutil, no canto da avenida, | Entre os gritos e a pressa dos passantes, | Vê-se a figura triste, e num instante | Ela desaparece, na surdina…
Melancolicamente, ele saiu... | Precisava comer alguma coisa… | Achou um bar, entrou... sussurrou: "moça, | Por favor… meu estômago vazio...
Pisoteado por esqueletos | Corvos crocitando | Lápides quebrando | Uma festa em meu enterro…
Vê, meu amigo, a dor deste lugar... | Que figura se mostra ao teu olhar, | da qual podes dizer: esta conheço!? | Qual nome hoje se mostra à sepultura…
Pisoteado por esqueletos | Corvos crocitando | Lápides quebrando | Uma festa em meu enterro…
Que tipo de presa seria, oh nobre e cruel rainha, se me entregasse por completo aos teus lascivos caprichos? Que tipo de serva seria se buscasse tua boca…
Vê, meu amigo, a dor deste lugar... | Que figura se mostra ao teu olhar, | da qual podes dizer: esta conheço!? | Qual nome hoje se mostra à sepultura…
Aviso de Conteúdo Sensível: Este material pode incluir descrições explícitas de natureza sexual, representações de violência e elementos capazes de desencadear respostas emocionais intensas. Por favor, proceda com cautela na leitura. Conteúdo destinado a adultos, para maiores de dezoito anos.
Aviso de Conteúdo Sensível: Este material pode incluir descrições explícitas de natureza sexual, representações de violência e elementos capazes de desencadear respostas emocionais intensas. Por favor, proceda com cautela na leitura. Conteúdo destinado a adultos, para maiores de dezoito anos.
Agora que concluiu a leitura desta edição, que tal mergulhar novamente na anterior? Você (re)descobrirá novos personagens das nossas Crônicas, poesias de intensidade fantástica com uma aura mortífera e terá a oportunidade de aprofundar-se nas obras de nossos autores enquanto nós preparamos a sexta edição para você!
Um flúmen carmesim cruzava o níveo balcedo e, deste liquor consistente, eu me inebriava, sorvendo sem temores, e imergindo-me nua em seu sereno caudal…