Imagem criada e editada por Sahra Melihssa para o Castelo Drácula

Em um cemitério antigo, esquecido pelo tempo e pela memória humana, repousava uma presença mórbida, imóvel e serena. As lápides, gastas pelo vento e pela chuva, desenhavam sombras longas que se confundiam com a escuridão da noite. Ao redor, o ar carregava o cheiro úmido da terra e o sussurrar de folhas secas, como se cada detalhe conspirasse para manter a paz que reinava há séculos. Ninguém poderia imaginar que, sob a terra fria, uma figura masculina descansava na sombra. Muitas almas haviam cruzado o lugar, histórias nasceram e morreram entre túmulos de mármore e pedra, mas nada, nem o tempo nem os viventes, fora capaz de perturbá-lo. Até que, numa noite como qualquer outra, algo rompeu a eternidade do silêncio.

Não era a fome que o despertava, mas uma voz. Uma melodia feminina, doce e cortante, atravessando a terra e o tempo, penetrando a escuridão de seu sono com insistência. Palavras estranhas e ao mesmo tempo familiares ressoavam, acompanhadas por sons metálicos, arranhados, que seu ouvido antigo não conhecia. A combinação era quase dolorosa em sua intensidade. E, ainda assim, havia algo nela que o chamava. Algo que o forçou a abrir os olhos em meio à escuridão de sua tumba, arrancando-o do repouso dos condenados.

Garras longas arrombaram a tampa da tumba, liberando a poeira antiga no ar frio. Da escuridão da câmara subterrânea, a figura do vampiro emergiu. Alto, esbelto, a pele pálida refletindo a luz da lua. Os cabelos loiros, levemente desalinhados, caíam sobre a testa, revelando um rosto aristocrático, de traços delicados e olhos azuis profundos que carregavam séculos de segredos. A capa negra arrastava-se pelo chão, levantando pequenos tufos de poeira, enquanto o resto das roupas — outrora elegantes — denunciava o desgaste do tempo.

Ainda atordoado pelo despertar, ele caminhou entre os túmulos, sentindo o frio da noite penetrar seus ossos imortais, absorvendo cada som, cada cheiro, cada sombra. O chamado daquela voz continuava a guiá-lo, mais insistente a cada passo, conduzindo-o até fora do cemitério. A praça diante dele surgia banhada por lâmpadas mortiças e pelo brilho distante da lua, que parecia conspirar para destacar cada detalhe do mundo desperto ao redor.

Ali, sob a luz difusa, estava ela. Uma mulher que, à primeira vista, parecia pertencer à própria noite. Seu cabelo negro caía sobre os ombros como uma cortina de seda, contrastando com a pele pálida, quase etérea. Os olhos escuros, profundos, carregavam uma melancolia pensativa, reflexiva, uma inteligência silenciosa que se percebia em cada gesto, cada pausa, cada respiração.

Em sua cintura se emoldurava um espartilho sob o longo vestido negro, emanando sensualidade e adornado com rendas, revelando simultaneamente força e delicadeza. A guitarra em suas mãos parecia uma extensão de sua própria alma e corpo; os dedos deslizavam pelas cordas com uma ferocidade natural, extraindo sons que misturavam violência e doçura. Cada nota parecia narrar suas memórias, suas reflexões e sua solidão ao cantar.

Para ela, o mundo desperto e mecânico nunca a fascinara. As luzes artificiais, o barulho das cidades, as obrigações humanas, tudo isso a cansava em demasia. Por isso escolhera a música, por isso tocava à noite, quando a atmosfera da madrugada e o vento frio a tornavam mais viva, mais intensa. E naquela melodia carregada de emoções, havia algo que o vampiro jamais experimentara: uma afinidade silenciosa com sua própria essência eterna.

Ele se escondeu entre as sombras, hipnotizado. Cada acorde atravessava seu ser como uma lâmina, cada pausa da música o fazia flutuar entre o desejo e a curiosidade. Não era apenas o som que o atraía, mas a essência que dela emanava — a melancolia, a capacidade de se destacar do mundo comum, a forma como abraçava a noite como se fosse uma aliada em sua voz.

Quando a última nota cessou e ela parou de cantar, com cuidado ela começou a guardar o instrumento e desmontar seu equipamento. Desmontou o suporte do microfone e o guardou, acomodou a guitarra na bolsa e recolheu os cabos do amplificador enquanto observava ao redor e percebeu a presença dele ao longe. Ele, entre as sombras, deu alguns passos adiante, o magnetismo da presença irradiando em ondas quase tangíveis. A pele branca refletia a luz da lua, os cabelos loiros captavam cada nuance do brilho noturno, e os olhos azuis profundos a analisavam, ironicamente fascinado e envolto em mistério.

— Boa noite — disse ele, a voz grave, carregada de um magnetismo que parecia esticar o ar ao redor.

Ela inclinou a cabeça, apenas curiosa.

— Você estava me ouvindo? Parece diferente das pessoas daqui!

— Diferente? — Ele indagou, com certo sarcasmo, quase em um sussurro. — Sua música me chamou a atenção, seu instrumento que é diferente e sua voz é bela. Quando você toca parece atravessar a noite e os séculos, como se já conhecesse inúmeros segredos.

Ela sorriu levemente, intrigada, tentando entender o fascínio dele, se era por ela ou pela guitarra. Até que indagou:

— E qual seria o nome do meu admirador? — Ele logo respondeu:

— Sou conhecido de muitas formas, mas gostaria que me chamasse de Amdis. E qual é seu nome, minha cara?

Ela colocou a guitarra nas costas, seguida por um trejeito de quem já tinha certa prática, e voltou a atenção para ele ao responder:

— Me chamo Margot, combinando com o amargor da vida.

Os dois iniciaram uma conversa leve, entre risos e olhares cúmplices. Sentaram-se em um dos bancos da praça, ao lado de um esqueleto falso posicionado de forma curiosa: pernas cruzadas, um chapéu na cabeça e um cigarro preso entre os dedos como se estivesse fumando. A estranha figura chamou a atenção de Amdis, o vampiro que brincava de ser humano. Intrigado, ele perguntou o motivo de aquilo estar ali.

Ela explicou que era outubro, mês do Halloween, e que alguns pontos da cidade estavam decorados com enfeites semelhantes. Ela achou estranho ele perguntar, já que estava vestido de uma forma tão não convencional, com roupas tão maltrapilhas, quase como um zumbi. Amdis achou graça e, em um gesto teatral, fingiu fumar o cigarro do esqueleto, arrancando dela uma gargalhada. Ele conseguiu driblar a desconfiança dela dizendo que ele não lembrava de enfeites como aquele nos lugares, mas já estava experimentando seus trajes para a noite da festa.

Entre a conversa, pequenos flertes surgiam inevitáveis, mesmo quando ela tentava disfarçar. Um olhar mais demorado, um sorriso cúmplice e a forma como ele inclinava o corpo na direção dela em alguns momentos. Ele percebia o rubor contido no rosto de Margot, e se divertia em provocar. No fundo, era algo natural, como se aquela atração simplesmente os unisse sem que pudessem evitar.

— Eu gostaria de acompanhá-la, se me permitir passar um tempo com você — murmurou ele, como se desejasse pronunciar aquelas palavras desde seu despertar. — Há um lugar onde o tempo não ousa tocar, onde posso mostrar-lhe o que é realmente a noite. Se quiser...

— Então, “viajante da escuridão”, não sei se devo aceitar — ela provocou, de maneira sutil. Hesitante, não pela estranha imagem dele, mas pelos perigos que a noite realmente reserva para as mulheres.

Ela hesitou apenas por um instante, contemplando a aura sedutora dele, a luz dos postes refletida na pele pálida, e o ar de mistério que o envolvia. Então, ela assentiu, mesmo hesitante. Ele se ofereceu para carregar o instrumento guardado, mas ela recusou e ofereceu a caixa do amplificador para que ele carregasse, assim ele fez. Juntos, eles caminharam um pouco sem rumo.

Por onde passavam estava silencioso, exceto pelo farfalhar de algumas folhas secas sob os passos deles na calçada e o sussurro do vento frio que se infiltrava entre as árvores da praça. Cada passo parecia prolongar o tempo, e a noite ao redor tornava-se mais densa, mais intensa, envolvendo-os em seu manto. Ele caminhava ao lado dela, mas não de forma invasiva, cada movimento era calculado.

Em um momento ela olhou de soslaio, curiosa, e encontrou aqueles olhos azuis que pareciam mergulhados em sua alma. Eles caminharam para longe da praça, seguindo por ruas silenciosas; ela imaginava que iriam até um bar perto dali.

— O que acha de nosso passeio e porque resolveu vir comigo? — perguntou ela, curiosa. — Não acho que há nada em mim que mereça sua atenção além do que eu estava tocando.

Ele liberou um sorriso cínico, um gesto irônico e humano ao responder:

— Não é apenas sua música que me chama a atenção. É você. Sua forma de existir. Como você parece pertencer à noite. Acredito que seja algo raro encontrar alguém que viva assim, que respire o noturno como se fosse ar enquanto canta.

Ela suspirou, quase sem perceber, sentindo o frio da noite misturar-se àquela estranha sensação que percorrera seu corpo ao ouvi-lo pronunciar aquelas palavras. Ela finalmente percebeu um sotaque que não era comum na voz dele.

— Sua voz é estranha, mas sobre o que você falou, eu meio que sempre me senti… deslocada entre as pessoas vivas. O mundo desperto, com sua pressa e barulho, me deixa ansiosa. Talvez, seja por isso que a música se tornou o meu refúgio particular — ela disse, olhando para o céu noturno, a lua estava refletindo um brilho azul em seus cabelos negros. — Aqui, à noite, sinto-me mais viva e tranquila por algum motivo!

Ele permaneceu em silêncio por um instante, absorvendo cada palavra que ela dizia, cada nuance e cada pequena hesitação. Então ele disse, diminuindo o volume na voz:

— Você é diferente, sim. Diferente de tudo que já conheci. A melancolia que carrega não é tristeza; é consciência. Sinto que você possui uma sabedoria que a maioria despreza. Por isso, fascina-me.

Ao ouvi-lo falar, ela se sentiu estranhamente reconhecida, como se ele tivesse lido cada camada que escondia atrás do sorriso e do olhar distante que adornava a face por trás do que cantava.

— E você? — ela perguntou, sem conseguir evitar demonstrar interesse. — O que carrega dentro de si que permite que veja tanto em uma pessoa desconhecida?

Ele sorriu novamente, com aquele ar de ironia e mistério que a deixava inquieta.

— Segredos. Séculos de segredos. Observação. Experiência. Um toque de ironia. E, às vezes, fascínio genuíno pelo que é raro e belo — disse, a voz melodicamente se misturando ao sussurro breve do vento.

Ela sorriu e desviou o olhar quando o silêncio caiu sobre eles, confortável, mas carregado de uma tensão entre eles quase palpável, uma troca de olhares sedutores. A cada passo, uma estranha conexão entre os dois parecia nascer, mesmo sem palavras. A noite parecia dobrar-se ao redor deles, os sons da cidade desaparecendo, substituídos pelo bater do coração dela e pelo ritmo antigo e constante da eternidade dele.

Ela parou por um instante, sentindo a presença dele tão próxima que podia perceber a sutil respiração, mesmo que ele não precisasse respirar. O calor que emanava daquela proximidade despertava nela uma inquietação doce, um desejo não dito.

— Este lugar que estamos indo… — disse ela, inclinando-se na direção dele com um leve deslize na voz, curiosa. — É seguro para mim lá, não é?

Ele inclinou a cabeça, aproximando-se a ponto de seus lábios quase tocarem o ouvido dela, os olhos azuis ardendo sob a luz da lua. Ela estava hipnotizada por ele.

— Seguro… — murmurou, deixando a palavra pairar entre eles, como se tivesse um sabor secreto. — Acredito que isso vai depender do que você entende por segurança. Mas lá, você sentirá a noite como nunca antes. Longe dos vivos, do tempo, do mundo mecânico que insiste em nos moldar. Apenas nós dois e a noite. Você vai gostar da minha companhia!

Ela respirou fundo, sentindo o frio da madrugada penetrar em seus ossos, mas também um calor estranho e intenso que emanava dele. Ela queria abraçá-lo. A melancolia dela encontrou ecos na profundidade da presença dele. Era como se ambos tivessem se reconhecido na “vida” que compartilhavam de maneiras distintas.

— Então, vamos — disse, decidida, mesmo com o coração acelerado. — Mostre-me a sua noite!

Ele assentiu, quase imperceptivelmente, e estendeu a mão. Ela hesitou por uma fração de segundo, mas a tomou, sentindo um arrepio percorrer seu corpo ao toque da pele pálida e fria dele. Cada passo dali em diante parecia mais intenso, cada sombra mais escura, o silêncio mais carregado de significado. O mundo desaparecia atrás deles, e apenas a escuridão testemunhava a aproximação do que viria.

Finalmente, chegaram a um local ermo, uma encruzilhada, afastada do mundo desperto da cidade, onde o vento soprava com mais intensidade, trazendo consigo o cheiro da terra molhada e das folhas em decomposição. As árvores se inclinavam como testemunhas silenciosas, e a lua cheia banhava o espaço com uma luz prateada, quase líquida. Ali, o tempo parecia dobrar-se; os sons da cidade não mais existiam, apenas o ritmo constante da noite e o silêncio profundo que abraçava cada passo deles.

Ele parou, olhando para ela com os olhos que pareciam abismos. Sua pele branca refletia a luz da lua, tornando-o quase etéreo. A capa empoeirada se espalhava ao redor de seus pés, e o vento agitava os cabelos longos e loiros de forma quase teatral. Eles se aproximaram num ímpeto inevitável assim que ele colocou o amplificador no chão. Quando os corpos se encontraram, ele roçou os lábios frios contra os dela. Ela deixou escapar um suspiro entrecortado de sofreguidão, cedendo ao toque com a urgência de quem desejava muito mais que apenas um beijo.

— Aqui… — disse ele, a voz grave e envolvente — é onde a noite pode tocar você de verdade. Sem distrações, sem medo, apenas nós e o que ela nos oferece.

Ela sentiu o coração acelerar, mas não de medo. Era uma mistura de expectativa e fascínio, como se cada fibra de seu corpo soubesse que algo mudaria para sempre, ela o desejava.

— Eu confio em você — murmurou, a melancolia ainda presente, mas suavizada pela curiosidade e pelo desejo. — Mostre-me, então, a noite que você conhece!

Ele se aproximou, o magnetismo da presença dele tornando-se quase insuportável, e estudou seu rosto com atenção, os olhos dela brilhavam. Cada traço, cada olhar, cada hesitação revelava uma alma rara, e isso o fascinava profundamente, quase de forma perturbadora.

Os olhares se encontraram de novo, e o ar pareceu suspender-se entre eles. Ele a puxou contra o peito, a capa envolvendo-os como um véu de sombras. O beijo veio urgente e faminto. As mãos dele apertavam a cintura dela, suas costas, puxando-a com uma força que a fazia tremer; as mãos dela se perderam nos cabelos loiros, apertando-os enquanto a boca dele a quase devorava.

Ela arfava entre um beijo e outro, sentindo o corpo arder em um misto de desejo e vertigem. O mundo desaparecia, só havia o frio do corpo dele e a chama que aquilo acendia nela. Então, os lábios dele deslizaram pela curva de seu rosto, até a pele exposta do pescoço. O roçar dos lábios frios a fez estremecer, e por um instante ela percebeu o perigo, mas não recuou. Então, num gesto rápido, mas quase poético, ele tocou-lhe o pescoço com os dedos frios.

— É necessário — disse, sua voz baixa e reverberante — que você aceite o dom, se quiser compreender a noite em sua plenitude.

Ela fechou os olhos, sentindo a tensão subir pelo corpo. Por um instante, hesitou, mas o magnetismo dele, a aura eterna e a paixão a tomaram. Quando ele mordeu suavemente a carne, o frio se misturou a uma estranha euforia, e ela sentiu a energia da eternidade percorrer suas veias. A dor era fugaz, substituída por um êxtase sombrio e fascinante, como se a própria essência da noite estivesse se infiltrando nela.

Tudo se dissolveu. Restava apenas a escuridão que pulsava com intensidade, e o vampiro, cuja presença agora se tornava parte de sua própria consciência. A paixão que ela sentia parecia mais aguçada.

Quando o êxtase passou, ela abriu os olhos e percebeu que tudo havia mudado. Amdis estava sentado com ela em seu colo no chão da encruzilhada, afagando os cabelos negros dela com carinho. A guitarra estava a alguns metros de distância deles, como se tivesse sido largada de qualquer jeito perto do amplificador.

Ele sorriu para ela enquanto ela abria os olhos para o mundo noturno, seus olhos pareciam outros, ela enxergava formas perambulando ao redor deles, formas que ela não sabia explicar.

A pele parecia mais clara que antes, os sentidos mais aguçados, cada sombra, cada sussurro do vento, cada farfalhar distante de asas noturnas carregavam uma vida própria. Amdis endireitou a coluna, afastando-se um pouco, apenas o suficiente para contemplá-la melhor. Seus olhos azuis refletiam uma mistura de orgulho cínico e paixão ardente.

— Bem-vinda à noite, vampira Margot! — disse ele, com um sorriso enviesado. — Ao tempo que não termina, à eternidade que não cessa.

Ela olhou para ele, absorvendo a transformação, sentindo-se ao mesmo tempo viva e imortal, uma nova entidade, ligada para sempre à escuridão, à música e à melancolia que agora compartilhava com ele, quem a trouxe para este destino e tinha roubado seu coração.

E naquele silêncio, onde apenas o vento e a lua testemunhavam, dois seres da noite permaneceram lado a lado, eternamente ligados pelo mistério, pelo fascínio e pelo desejo.


Escrito por:
Júlia Trevas

Júlia Graziela Pereira Trevas é uma escritora de 29 anos, natural de Campina Grande, Paraíba. Formada em Letras - Inglês pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), também atua como professora de inglês. Sua paixão pela escrita começou ainda na pré-adolescência, quando compunha pequenos versos. Mais tarde, ao ingressar na faculdade, aprofundou-se na literatura gótica, que hoje é uma de suas principais influências criativas. Uma curiosidade interessante é que... » leia mais

Escrito por:
Weslley Cunha

Weslley Cunha é um escritor cuja obra mergulha nas profundezas da existência humana e nos labirintos da mente, explorando temas que dialogam com a filosofia existencial e fenomenológica e psicanálise. Graduado em Letras, especialista em Literatura e mestre em Ciências da Linguagem, ele combina seu conhecimento acadêmico com uma sensibilidade única para a narrativa. Suas paixões literárias incluem a investigação das fronteiras entre o real e o imaginário... » leia mais
19ª Edição: Revista Castelo Drácula®
Esta obra foi publicada e registrada na 19ª Edição da Revista Castelo Drácula®, datada de outubro de 2025. Registrada na Câmara Brasileira do Livro, pela Editora Castelo Drácula®. Todos os direitos reservados ©. » Visite a Edição completa

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