A fotografia post-mortem é mais do que um simples registro de morte; é um retrato imortal de quem já não pertence ao mundo dos vivos, um último suspiro congelado no tempo. Essas imagens, tradicionalmente capturadas no século XIX, preservavam a memória bizarra de um último momento em família. Era, por vezes, a única recordação visual que restava de uma pessoa que partiu para o umbral.

O tema desperta sentimentos de saudade, reverência, mas, principalmente, um mórbido costume que, embora debaixo de boas intenções, não permitia que os mortos descansassem em paz. Imagine-se em uma sala, com pessoas quais você ama, todos vestidos elegamentemente e prontos para fazer uma fotografia da família inteira, no entanto, você sabe, um deles está morto; o aroma pútrido não passa despercebido. Parece confortável? Antigamente, essas fotografias não eram tiradas em um segundo, levava um tempo, por isso, somente o morto saía com nitidez impecável, pois não se mexia, o que deixava tudo ainda mais sombrio.

Escreva e aprofunde-se no tema. Haveria alguém disposto a fazer esse tipo de fotografia nos dias atuais? O que há por trás desses olhares que já não veem? Que histórias podem estar aprisionadas em um corpo imóvel, sentado ao lado de vivos que jamais aceitaram o adeus? E, mais ainda, que forças podem se manifestar através desse ato de imortalizar a morte? Talvez você encontre uma caixa com fotografias do tipo… talvez algo sinistro aconteça depois disso.

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