Michelle S. Nascimento
Michelle Santos Nascimento é paulistana, mãe, esposa e amante das artes, em todas as suas formas de expressão, desde que aprendeu que há todo um universo fora dela.
Ama as ciências humanas, mas também tem predileção pelas exatas, porquanto é graduada em “Segurança da informação”, pós-graduada em “Gestão de TI” e “Engenharia de software” e trabalha como Analista de qualidade de software.
Considera-se inquieta e tenaz, qualidades essas que a impulsionam a procurar e apreciar as obras com muito mais afinco e paixão. Para ela, o belo também é formado por partes, consideradas pela maioria, como “horrendas”, e é justamente isso o que a fascina em tais obras.
Suas grandes influências literárias são os grandes mestres da literatura, tais como: Machado de Assis, Fiódor Dostoiévski, Albert Camus, Clarice Lispector e Edgar Allan Poe, pela imensa genialidade com que escrevem e perscrutam a natureza humana. Instagram @leia_mii
Entrevista
Nasci na capital de São Paulo e moro na região metropolitana, em Cajamar.
Necessito estar em constante aprendizado, minha primeira graduação foi em Marketing e a segunda Segurança da Informação (por isso, amo os temas relacionados à tecnologia rs). Sou pós-graduada em Gestão de TI e Engenharia de Software.
A capacidade do autor conseguir transformar os traumas e os medos em alegorias tão fascinantes e perturbadoras. Não acredito no sobrenatural, mas amo a forma como, em certas obras, o desconhecido pode significar algo reprimido, que sufoca e está sendo violentamente extravasado. E para quem acredita no sobrenatural, esse significado pode ser outro, mas igualmente incômodo. Um tipo de literatura de padecentes para padecentes.
Sempre senti a necessidade de transbordar meus sentimentos, geralmente melancólicos, no papel. Seja em diários, bilhetinhos ou blogs, essa prática ajudava a expurgar a tristeza. Quanto ao terror, inicialmente não me sentia capaz de escrever sobre o tema, mas os primeiros textos afastaram, de certo modo, esses pensamentos. Hoje sinto-me confortável escrevendo sobre o desconhecido e sobre os medos, reais ou imaginários.
Em 2024 comecei a participar de diversas antologias de terror, horror, suspense e/ou sci-fi, de várias editoras.
Na modalidade autopublicação foram os e-books “Confabulações eletivas” (novela existencialista) e “Código fatal” (histórias de horrortech), disponíveis na Amazon.
Em co-autoria com outros quatro amigos, a antologia de horror “Encontro marcado com o Diabo”. Disponível na Amazon.
Aprecio outras artes, mas não me atrevi a criar nada além dos textos.
Na escrita: Augusto dos Anjos, Machado de Assis, Fiódor Dostoiévski, Albert Camus, Clarice Lispector e Edgar Allan Poe.
Música: Maynard James Keenan (vocalista das bandas Tool, Puscifer e A Perfect Circle). Amo metal e seus subgêneros.
Pinturas: Goya e Micah Ulrich
Filmes: Cronenberg, Lynch e Lanthimos
Há pessoas talentosas, mas que precisam lutar excessivamente para serem lidas. Comercialmente é um mercado extremamente predatório, mas artisticamente fico feliz em ver tanta obra sensacional sendo criada.
As personagens e ambientações são bem brasileiras, não curto criar obras que se passam em outros países, exceto quando é necessário dentro do contexto, porque já temos tantas opções aqui dentro. Os diálogos são fluídos e, quando cabível, repleto de gírias locais. Eu gosto de colocar um certo tom de humor ácido ou desconcertante. Pretendo explorar o folclore, ainda não criei nada neste sentido.
Gosto de misturar linguajar coloquial e formal, poético e grotesco, aprecio as antíteses. Transito entre uma cena extremamente gráfica, sangrenta e perturbadora para outra cena melancólica e com apelo existencialista. Não prolongo tanto os meus contos, gosto de fazer uma breve contextualização, para então partir para problemática e conclusão.
Não gosto de alertar sobre gatilhos, porque quando eu vou assistir ou ler uma obra eu procuro justamente por esse tipo de experiência às cegas, mas em todo caso, fica o aviso para quem não gosta. Há gatilhos e não me responsabilizo pelas consequências.
Criou seu primeiro personagem em As Crônicas do Castelo Drácula.