Henrique Siviero
Residente de São José do Rio Pardo, Henrique Siviero formou-se em Física e escreve sobre o que lhe desperta na vida, de experiências particulares às fantasias e tradições. Trabalha atualmente na revisão de seu Romance, possui contos e poemas publicados pela Amazon, dentre eles, estão os títulos "Cruiz Credo" e "Meia Dúzia de Poemas".
Henrique se inspira nos clássicos, nos roaring twenties, em sua lista de preferidos estão os nomes de Fitzgeralt e Hemingway; sua admiração cinge outras artes, como as pinturas surrealistas e o rock n' roll. A escrita do autor é profunda, fluída e intensa; suas mãos conduzem as letras com precisão e maestria, dominando histórias que atraem o leitor do começo ao fim.
Entrevista
Natural e residente de São José do Rio Pardo - SP
Bacharel em Física mas muito interessado em cultura clássica, literatura, história, música... assuntos que estudo de forma anárquica mas tenho grande apreço e dedicação.
A beleza do desconhecido, o mistério da noite e da alma, a instrospecção visceral e a soturnidade de olhares românticos no retrato de aspectos fantásticos da vida, do tédio ao êxtase.
Meu vínculo despertou-se na vontade de retratar coisas que são muito caras a mim, experiências da vida, arquétipos, sentimentos e até tradições que eu vejo se perderem.
Tenho alguns poemas dispersos por aí, uma série de contos de terror chamada Cruiz Credo, duas peças de teatro escritas e algumas ainda por terminar. Por fim, um romance de vários anos de trabalho que se encontra em fase de revisão e à procura de editora.
Tenho uma particular paixão pela música e, por vezes, ainda me consolo em praticar alguns instrumentos por diversão pois não continuei com os estudos formais.
Minhas primeiras paixões foram os românticos do século XIX, me encantei por Alvares de Azevedo e Castro Alves. Depois fui, aos poucos, conhecendo outros grandes autores clássicos, tenho muito apreço pelos roaring twenties Fitzgeralt, Hemmingway... Também aprecio muito a literatura portuguesa, desde os trovadores até Florbela. Ademais conservo uma dualidade entre cultura classica e rock n roll, o punk rock e post-punk. O que seria da reverência sem a irreverência? Adoro a pintura surrealista e os pré-rafaelitas, também me fascina o renascimento Italiano. Sempre foi também grande fonte de inspiração a cultura caipira do interior paulista e mineiro.
Recomendo o primeiro conto do projeto Cruiz Credo para quem gosta de terror, minha coletânea "Meia Dúzia de Poemas" que é uma escrita um pouco mais intima e a peça Sombras à Porta da Catedral, foi a primeira que escrevi.
Infelizmente as tendências do modernismo descolaram a literatura nacional do genuíno interesse popular, empobrecendo a cultura do país. Creio que existe uma demanda pelos livros que buscam objetivamente a beleza, cabe a esta geração a renovação da literatura brasileira depois do fracasso dos modernistas e do vácuo que se criou após o fim daquela era.
Absolutamente! Minha arte é uma expressão quase direta da vida interiorana, pacata e sonhadora, que é comum aos jovens do interior. Esta experiência é o que se registra em muitos dos enredos do que escrevo.
Busco conciliar a riqueza da lingua com uma narrativa clara e objetiva, às vezes, tomando a liberdade de assumir a forma de um poema em prosa, explorando figuras de linguagem e elementos descritivos que se aproximam do clássico mas de modo a tornar mais natural o resultado para os dias de hoje.
Tenho alguns textos publicados na Amazon e divulgo minha arte pelo Instagram @henrique.siviero
Convidado de honra da 8ª edição, datada de agosto de 2024. Mês de comemoração dos 30 anos da Anfitriã.