Caellum Noctis

Caellum Noctis nasceu de uma ferida. Ele é a máscara colocada para suportar o peso do mundo, um personagem que carrega nas costas toda a dor que seu criador não podia mais carregar sozinho. É o pseudônimo literário que dá voz àquilo que não se pode mais guardar no peito.

Por trás dessa máscara, habita um autor real, nascido em 1994, em uma remota cidade do interior de São Paulo. Em sua infância, ele encontrou refúgio nos mangás, quadrinhos e gibis, e essa foi sua primeira janela para outros universos. A escrita chegou cedo, usando as histórias que lia como matéria-prima para criar seus próprios mundos. No início, as palavras eram desajeitadas e os traços, ainda tortos. Mas a resiliência falou mais alto, e ele nunca parou de aprender.

Hoje, o autor por trás de Caellum Noctis continua seus estudos, aprimorando-se na ilustração e na escrita com um único e claro objetivo: mostrar o mundo através do seu próprio ponto de vista. Mas não como um sonhador, e sim como um contador de histórias, pronto para mostrar sua arte ao mundo.

Seu repertório é alimentado pela melancolia dos clássicos góticos, como Edgar Allan Poe e Drácula, de Bram Stoker. Na música, é a profundidade melancólica do indie, que canta amores perdidos, e o caos do metal gótico que ecoa em sua alma enquanto escreve, definindo a essência de seus contos.

Para ele, a narrativa não se limita ao texto. Como ilustrador especializado em Pixel Art, colaborou em diversos projetos de jogos independentes. Sua maior ambição nesse campo é desenvolver seu próprio jogo, uma obra quase autobiográfica misturada com a atmosfera de seus contos. Visualmente, inspira-se na pixel art encantadora de Sea of Stars e Chrono Trigger e na atmosfera densa de Hollow Knight.

Para além dos pixels, seu traço é influenciado pelo dramático chiaroscuro de Caravaggio, a luz de Sorolla e a narrativa gráfica de mestres modernos como Mike Mignola, Frank Miller e Joe Madureira. Na literatura, acompanha sagas como O Matador do Rei e O Povo do Ar, as distorcidas e intrigantes histórias de Fables e a demonologia obscura de Lemegeton.

No horizonte, brilha seu projeto definitivo: escrever seu próprio livro. Uma mistura ambiciosa de Light Novel, mangá e romance, que narre a jornada de um protagonista através de um universo próprio, com regras e mitologias únicas — um reflexo de seu fascínio em criar mundos, cultivado durante anos como jogador e mestre de RPG de mesa.

É nessa interseção entre o gótico e o lúdico, a dor e a resiliência, que o autor criou Caellum Noctis. Para dar luz à sua voz presa no abismo de sua mente.

E é com essa voz que ele escreve. E Caellum não escreve contos de fadas.
Caellum escreve tragédias.
Seus protagonistas são falhos e derrotados, reflexos do próprio autor. São figuras que, mesmo em meio ao caos, seguem em busca de algo que talvez nunca encontrem.

 
 

Entrevista

Onde você vive e onde nasceu?

Valinhos, SP. Nascido e criado, e ainda pretendo continuar por muito tempo.

Quais as formações que compõe o seu conhecimento?

Nenhuma, terminei apenas o ensino médio e faço algns cursos online ou aprendo sozinho os assuntos que me interessam.

O que te atrai na Literatura Sombria?

Gosto do ultraromantismo desse gênero, na descrição em forma de metáforas, das sensações descritas e da melancolia dos personagens

Como foi seu processo de vínculo com a escrita?

Sempre gostei de escrever, desde criança. Adorava criar minhas fanfics de jogos, dei um tempo depois, mas depois, comecei a escrever poemas e contos e isso reacendeu minha paixão de antes.

Quais são seus projetos literários?

Não tenho nenhum lançamento, ainda, mas tenho 2 historias em desenvolvimento. Uma se chama Soulmate, uma historia de amor que rapidamente se transforma em tragedia e superação. E a outra que conta sobre o lado ruim de ser imortal. Essa, sem um nome definido ainda, conta a historia de um homem, que busca um fim trágico e poético e uma imortal, que não entende o motivo de ele não querer ser imortal e procurar um fim. É uma historia que mostra que a vida só é boa, pois é finita.

Quais outras artes você cria?

Fora do mundo literário, eu também desenho, faço desenho tradicional, pixel art e desenho digital

Quais artistas (músicos, escritores, poetas, pintores, etc.) te inspiram?

Me inspiro nas obras de Edgar Allan Poe, nas musicas de Nightwish, nas obras de Caravaggio e nos poemas de Bukowski.

Qual sua opinião sobre a Literatura em seu país??

Acredito que a nossa literatura é muito grandiosa e vasta, mas sofre um enorme preconceito dos próprios leitores, que tendem a não gostar das coisas feitas no Brasil, assim como o cinema sofre mesmo tendo diversos filmes incríveis mas que são julgados como "É nacional, não gosto"

Você usa referências brasileiras em sua arte? Como costuma fazer isso?

Sim, apesar de usar um cenário fantasioso, minhas referências são sempre baseadas no que vivi e as coisas a minha volta, então pode-se sempre esperar alguma coisa que vi durante minha vida como referencia para diversas descrições

Conte-nos qual é o estilo das suas obras?

Criei Caellum para ser o autor e o personagem trágico, então todas as minhas historias e contos representam essa tragicalidade. O protagonista que sempre está buscando algo e que sempre perde tudo

Você tem outras informações relevantes que gostaria de compartilhar com as pessoas que não conhecem sua arte ainda?

Gosto de escrever emoções, por isso meus textos contam com muita carga emocional envolvendo o personagem principal, que geralmente é o meu próprio pseudônimo Caellum. Pode-se dizer que ele é quem eu criei para por pra fora o turbilhão de emoções que estão em mim. Eu o uso para me acalmar e organizar os sentimentos. É muito mais para mim do que apenas um pseudônimo comum.

Conheça mais de Caellum
 
 

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