Pablo Henrique

Pablo é um escritor nascido no Nordeste do Brasil, em João Pessoa. Possui uma escrita bastante carregada em angústia, com a essência do terror, horror e ultrarromantismo. Sua paixão pela Literatura Gótica começou na infância. Algumas de suas referências literárias são: Mary Shelley, as irmãs Brontë, Agatha Christie, Edgar Allan Poe e William Shakespeare. Pablo Henrique também é artista visual, com formação em Fotografia, o autor aprecia fotografias obscuras e retratos. Atualmente trabalha na produção de seu livro de contos.
Para ter essa conquista, o autor precisa continuar a história de sua crônica, com o mesmo personagem, por mais de 10 meses. Mínimo de 10 capítulos da história.

Entrevista
Atualmente moro em Brasília, mas nasci no nordeste mais precisamente em João Pessoa na Paraíba.
Sou formado em fotografia, e técnico em radiologia, mas no meio acadêmico, não possuo formação, cursei psicologia até o quarto período, por motivos pessoais acabei abandonado, mas sou apaixonado por psicologia e pelo comportamento humano, principalmente a loucura, que é uma das razões de eu me tornar escritor.
Minha paixão começou quando peguei uma edição que continha, Drácula, Frankenstein e O Médico e o Monstro, ainda na infância e aquele livro marcou profundamente, e passei a consumir com fervor a literatura gótica, o que me encanta é a atmosfera soturna, a forma como a narrativa é conduzida, principalmente a ambientação, aliás meu livro preferido é Morro dos Ventos Uivantes.
Começou ainda na escola, quando peguei um livro curioso chamado: Venha ver o por-do-sol da Lygia Fagundes Telles, apesar de não compreender aquelas histórias, elas ficaram guardadas no meu subconsciente,
Quero produzir um livro de contos, as histórias não terão ligação entre si, mas apresentaram a mesma temática.
Sou fotógrafo e apesar de não trabalhar com fotografia, sou apaixonado por retratos, fotografia mais dark, adoro fotografar o vazio.
Não poderia ser diferente, Mary Shelley, as irmãs Brontë, Jane Austen, Virgínia Wolf Agatha Christie, Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Henry James, Charles Dickens, William Shakespeare, Arthur Conan Doyle, Bram Stoker, Stephen King, Cesar Bravo, Ferrez.
Loucura ( um conto com uma atmosfera Lovecraftiana) pública na edição especial de halloween da revista Literata.
Cântico (também com uma atmosfera de horror cósmico) publicado em meu Instagram.
Infortúnio ( um conto terrífico, também presente no meu Instagram)
Vejo em ascenção, temos muitos nomes incríveis que estão mantendo a chama viva e produzindo obras incríveis, mesmo sabendo que no Brasil o acesso a livros é um tanto escasso, mas vejo uma luz no fim do túnel.
Sim, sempre tento incluir alguma referência em meus textos, mas confesso que é um tanto escasso.
Um pouco dos dois estilos, eu escrevia com uma linguagem mais clássica, porém com o decorrer do tempo, enxerguei a beleza no visceral digamos assim, na linguagem mais crua, real.

Obras do Autor
O relato impressionante do inestimável amigo Capitão João ressoou no seu subconsciente como uma ancestral canção arcana, esquecida…
Ela se levantou, estendeu sua mão direita em minha direção. Seus lábios exibiam um sorriso acolhedor, mas que escondia algo. Por fim, acatei seu convite…
Desperto mais uma vez em meus aposentos, e o que presenciei em Somníria reverbera em minha mente como uma tristonha canção…
Certa noite, enquanto as notas cítricas de um vinho chileno me aqueciam, recebi um e-mail de um velho amigo. Após lê-lo, fiquei feliz e respondi que…
Sinto os olhos correrem em desespero por debaixo das pálpebras. Vagas lembranças dos fatos ocorridos na estufa atingiam meu corpo…
Os olhos de Ameritt me estudavam com uma certa fascinação, como se o véu que escondia minha natureza fosse rasgado, expondo o vazio e o negrume do meu ser…
O relógio batia nove horas, e José, diferente dos jovens de sua idade, preferia estar em seu quarto, testando algum software novo, descobrindo…
— Alertei para ele não ir até lá... — disse Marcos, equilibrando seu corpo inebriado na banqueta, os cotovelos apoiados na bancada de madeira…
Desde que entramos em quarentena, nunca mais fomos os mesmos. Dia após dia, nossa sanidade foi cruelmente usurpada pelo desconhecido…
Era por volta das onze horas da noite. Eu estava me preparando para dormir; já havia feito meus rituais noturnos, como ir ao banheiro, escovar…
Os gritos histéricos e o agoniante ranger da cama ecoavam por toda a casa. Sob o lençol branco, seu corpo se contorcia num medonho frenesi. Ele acorda…
Mais uma madrugada em que a insônia é minha companhia. Inquieto, me aproximei da janela, abri-a e senti a brisa fresca tocar meu rosto, dispersando as…
Diante de mim está o altíssimo e longínquo corredor em forma de arco. Seu comprimento é imensurável, tal qual o colossal monstro bíblico Leviatã...
Minhas mãos suadas permanecem estáticas segurando a maçaneta de ferro, enquanto meus olhos castanhos brilham perante a insondável nívea…
A sensação de torpor parece não querer me abandonar, cada puído tijolo do meu aposento escuta com atenção minhas aflições, meu corpo ainda sofre com espasmos…
Por mais que eu tivesse anseios em sair de lá, sabia que minha alma pertencia àquele lugar tenebroso onde o odor escarlate emanava de cada puído tijolo…
Um estridente ranger é ouvido por toda biblioteca; a porta fora aberta, mas permaneço encarando o temível livro. Quando um forte caminhar rasga o…
Antes de adentrar ao castelo, contemplei por mais uma vez aquela monstruosidade arquitetônica. Dentre as janelas, gárgulas e torres, algo me chamava a atenção…
Caminhava eu, cautelosamente, sobre os paralelepípedos ainda úmidos da decrepita rua. Se tratava de um trajeto bastante íngreme…
Carlos sempre flertava com a ideia de viver uma vida simples, sem muitas preocupações, de preferência numa…


Recanto de Literatura Gótica
Convidado de honra da 8ª edição, datada de agosto de 2024. Mês de comemoração dos 30 anos da Anfitriã.