Liam Hänssler
Liam Hänssler é escritor, nascera em 1981 — destinado à escrita antes de despertar ao mundo humano. Seu estilo narrativo combina elementos de terror psicológico com erotismo e fantasia sombria, levando seus leitores a emoções dúbias e colocando à prova as suas crenças mais enraizadas. Hänssler publicou “Éter Sobre o Túmulo” no ano de 2005 e, após um grande hiato, retornou às sombras da sua arte por meio do Castelo Drácula. Inspira-se nos clássicos, da literatura à música; em seus dias úteis, se dedica à prática da sua profissão de tradutor e intérprete.
Entrevista
Onde você vive e onde nasceu?
Sou de São Paulo, mas vivo em Dresden, na Alemanha.
Quais as formações que compõe o seu conhecimento?
Tenho doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. Trabalho como tradutor e intérprete.
O que te atrai na arte Gótica?
Sua dissonância poética, onde a beleza e o horror exploram suas mais íntimas verdades.
Como foi seu processo de vínculo
com a arte que você produz?
Fui destinado à escrita antes de despertar ao mundo humano, por razões acima da razão. Não posso dizer que só amei as palavras em minha angústia adolescente ou em minha solidão infantil, pois, a amei quando eu ainda estava no ventre da minha mãe e, antes disso, eu a amei quando eu era um demônio.
Quais são seus projetos artísticos?
Apenas meus livros. O primeiro e único que publiquei se chama "Éter Sobre o Túmulo", um romance de morte, obsessão, desejo e terror.
Quais outras artes você cria?
Esculturas de gesso e canto.
Quais artistas (músicos,
escritores, poetas, pintores, etc.) te inspiram?
Ann Radcliffe, Bram Stoker, Assis, Edgar Allan Poe, Wilkie Collins são alguns. Há também Schubert, Mendelssohn e Liszt no âmbito da música. No que se refere a pintores, tenho inspiração em todos os renascentistas, barrocos e românticos.
Como você enxerga a Literatura
Gótica Brasileira?
O Brasil necessita de uma evolução intelectual, no entanto, suas políticas impedem sua população de aprender a estimar pela cultura erudita, por isso, o que se vê na atualidade é, em sua maioria, decadência em todo o tipo de arte, principalmente a Literatura Gótica que se tornou uma cópia risível de roteiros de filmes e séries, sem conteúdo descrito — ou é só um espectro da decadência de uma sociedade ignorante.
Você usa referências brasileiras
em sua arte? Como costuma fazer isso?
Não em especial, mas sim quando é preciso — tudo depende de como uma história pede para ser escrita.
Conte-nos qual é o estilo das suas obras?
Sou um homem clássico, espere o mesmo do que produzo.
Você tem outras informações
relevantes que gostaria de compartilhar com as
pessoas que ainda não conhecem sua Literatura?
Tenho a dizer para que sejam cuidadosas, tendo a ser um tanto violento quando redijo.
Convidado de honra da 8ª edição, datada de agosto de 2024. Mês de comemoração dos 30 anos da Anfitriã.