Silhuetas
Na escuridão, eu vejo o que não existe,
meu olhar totalmente aterrorizado e triste
imagina um rosto na rachadura a se formar,
com lábios retorcidos prontos para gritar.
Nas curvas da cortina há um vulto que flutua,
uma imagem que minha mente perpetua.
Seriam fantasmas que estão a me chamar?
Não... eles simplesmente somem ao me virar.
O galho da árvore se estende como uma mão,
me preenchendo de medo, dúvida e aflição.
O quarto parece que vive, as paredes gemem,
e em cada canto há figuras que meus olhos temem.
A cada piscar de olhos, o horror se estabelece,
e a mórbida ilusão do que vejo, prevalece.
É minha mente brincando com meus medos secretos,
atordoando meus sentidos, me deixando inquieto.
Texto publicado no Desafio Sombrio 2024 do Castelo Drácula. Em outubro de 2024. → Ler o desafio completo
Residente de Dom Pedrito/RS, Cláudio Borba formou-se em Contabilidade e escreve contos de terror e poemas geralmente melancólicos. Ele faz parte de diversas antologias de contos e poéticas de diversas editoras. E atualmente trabalha para lançar seus livros de contos e poemas....
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