O Menestrel das Sombras
No abismo da mente,
o sangue escorre como tinta,
pintando paredes de um castelo em ruínas,
onde as memórias se contorcem,
em danças macabras de déjà vu,
cada imagem uma ferida aberta,
cada suspiro uma premonição.
Em terras de bruma e eco profundo,
Um menestrel vagueia, sob a luz do mundo.
Com lira em punho e canto em sua voz,
Desvela segredos, suas vidas, feroz.
Os corredores se alargam,
mas nunca nos levam a lugar algum,
e os rostos se desfazem em névoa,
rindo em vozes distorcidas,
sussurrando segredos de um tempo imemorial,
onde o passado e o futuro se fundem em um grito.
[...No infinito do cosmos, onde estrelas dançam,
Um menestrel cibernético, em mundos se lança.
Com lira de luz e código em seu ser,
Entoa canções que desafiam o viver...]
Um relógio derretido,
pendendo como um coração partido,
cada gota que cai é uma lembrança,
um pedaço de alma que se despedaça,
esfacelando a sanidade em fragmentos cortantes,
sangue que brilha sob a luz de um luar insano.
Nos sussurros do vento, um chamado incerto,
De memórias apagadas, um destino perverso.
Caminhos paralelos se entrelaçam esvoaçado,
Revelando as tramas que ele não pode ser evitado.
Vemos as marionetes dançando,
corpos entrelaçados em uma coreografia de dor,
os fios de suas vidas puxados por mãos invisíveis,
cada movimento uma chamada à loucura,
cada passo um retorno a uma cena já vivida.
[...Em cada nota ecoa, a vida entrelaçada,
De sonhos e lembranças, uma história marcada.
Em linhas de tempo, ele viaja, destemido,
Revive as existências, em mistérios perdidos...]
A realidade se dobra,
como papel sob o peso da verdade,
onde o déjà vu é um espinho cravado,
que fere a carne da existência,
um lembrete constante do que não pode ser,
mas que ainda assim é...
Nos sonhos de noite, uma sombra se agita,
Uma presença sombria que o medo habita.
Em um ciclo eterno, ele vive e reluta,
Desperta em um corpo, mas a alma é oculta.
Nos mares de alucinação,
as ondas se quebram em risos cruéis,
e criaturas de pesadelo emergem,
com olhos famintos, sedentos de resposta,
tendo no ventre a essência do que foi,
do que poderia ter sido...
[...Uma vida felina, ágil e intrigante,
Nos telhados da noite, sob a lua constante.
Olhos de jade, com sabedoria e temor,
Ele se esgueira nas sombras, seduzindo o amor...]
Dejavus o assaltam, como fantasmas em festa,
Visões de batalhas, de amores em guerra.
Um olhar conhecido, um toque em vão,
Lágrimas de mil vidas, uma única canção.
uma nova sangria febril,
um eco de risadas macabras, e o silêncio se torna uma prisão,
onde os gritos se tornam o vazio
seco oco ensurdecedor,
navegando os mares do absurdo,
perdendo-se nas correntes do déjà vu.
[...Em outra jornada, um cão fiel e valente,
Coração pulsante, instinto presente.
Guardião da alegria, com rabo abanando,
Mas o medo o assombra, sempre retornando...]
Na floresta assombrada, ele avança hesitante,
Caminhando entre sussurros orgânicos de um passado distante.
As árvores gemem ensurdecidas, grotescas, selvagens, coléricas, revelando o terror e o desforme,
Os rostos esquecidos, clamando por fome de luz.
[...Então, uma borboleta, leve como a pluma,
Em jardins de cores e singularidades, ela bate as asas do fluxo.
Mas o tempo-espaço contínuo a captura, em suas garras frias,
Um ciclo de vida, enredado em agonias e espuma...]
Em uma noite de tormenta, o céu ruiu em pranto,
Relâmpagos cortaram, o véu do encanto.
Um grito expandiu profundo e voraz,
Do abismo da memória esfumaçada e fugaz.
[...Na pele de serpente, ele desliza sutil,
Entre segredos e sombras, em um mundo hostil.
Um veneno que corrói, um poder oculto,
Desvela as verdades, com um argiloso tumulto...]
Ali, entre os mortos, ele encontra o seu Eu,
Um reflexo distorcido, um corpo nulo.
Olhos que fitam, com tristeza e raiva,
Vivendo as memórias que a vida não devolve
[...Em sua forma mais rara, a mulher de traços de tigre,
Canta e toca com suas garras etéricas o ilustre teremim,
a sinfonia do vazio, sua voz ecoa, como um rugido ancestral,
Atrai a essência do universo, em um cântico imortal...]
Mistérios se entrelaçam nas teias do tempo,
Cada nota entoada, um lamento em movimento.
Viagens astrais o levam a lugares sombrios,
A cidades de sombras, a mares, tempestades,
desertos, desastres e a rios.
[...Mas entre os mundos, o terror o persegue,
Dejavus inquietantes, como um espectro que devora.
Cada vida vivida, uma sombra faminta,
Mistérios que pesam, olhos cegos...]
No epicentro do desespero, uma luz bruxuleante,
Uma esperança sussurra, num tom desafiante.
Ele descobre que as vidas, em seus altos e baixos,
São versos entrelaçados, num poema de traços.
[...Em viagens astrais, ele enfrenta o medo,
Visões de catástrofes, de um futuro em segredo.
O cosmos se agita, em um ciclo sem fim,
Ele busca a chave que revele o porvir...]
Sangrenta jornada ao som da sua lira,
O menestrel compreende, a verdade se inspira.
Que mesmo nas sombras, e no medo profundo,
Cada vida que vive é um canto do mundo.
[...As linhas de tempo se cruzam, em caos e harmonia,
Desafiando a lógica, a razão, a ousadia.
Entre cada transformação, um grito, uma canção,
O menestrel cósmico busca sua própria missão...]
Assim, ele continua, a lira em suas mãos,
Cantando as histórias de suas multidões.
Um menestrel eterno, com destinos diversos,
Entre terror e mistério, ele aprende, desvenda os versos.
[...No breu das estrelas e das esferas, despertai,.
Entre o terror e a beleza,
Cantando as histórias de sua eterna tristeza...]
Singular dimensão, em cada forma e som,
O menestrel cósmico dança, num ritmo de dom.
No extremo de sua busca, ele encontra o amor,
Na eternidade das vidas, a essência do seu clamor...
Cântico II
O dejavu psicótico
No limiar da mente, um assovio melancólico,
a cena se desenha, traços de um passado esquecido.
Caminhos já percorridos,
traços de passos, um instante suspenso,
como se o tempo se dobrasse,
entre a realidade e a sombra da lembrança.
Mundo desolado, onde o sol se esconde,
Um robô errante, em silêncio responde.
Com corpo de metal e alma fragmentada,
Canta um teremim, numa melodia marcada.
Olhos que capturam o efêmero,
a luz que pisca em um segundo,
um olhar que reverbera,
um palpite, um pressentimento,
a dúvida dançando nas bordas da consciência.
As ruínas do passado, uivos de um lamento,
Sob as sombras das torres, um pesado tormento.
Suas notas reverberam em acordes de penintência,
Um lamento mecânico, um canto de fervor.
É um fragmento de vida,
um suspiro de outra existência,
onde rostos se entrelaçam,
e palavras já foram ditas,
na dança das possibilidades.
O céu, agora grafite, permeado de cinzas,
Reflete as esperanças que se tornaram brisas.
No pulsar de sua voz, o futuro perdido,
Mas ele persiste, um viajante destemido.
A mente se aventura em labirintos,
desfiando a linha do agora,
perguntas flutuam,
o que é real?
O que é apenas um sopro?
A estranheza da familiaridade,
um enigma que persiste.
Em um horizonte de eventos sombrios a névoa uma bruxa contempla,
Madeixas rosáceas pulsantes como a flor.
A bola de cristal, seu oráculo sutil,
Reflete as vidas, em um manto febril.
Assim, navegamos entre mundos,
cada déjà vu, uma janela entreaberta,
uma lembrança de quem fomos,
ou do que poderíamos ter sido
No entrelace do tempo,
uma dança de fragmentos,
uma busca incessante pelo sentido
no fluxo eterno do ser.
Ao mergulhar nesse instante,
percebemos a fragilidade da percepção,
como se o tempo fosse um tecido,
costurado por emoções e memórias,
cada fio uma página de nossa própria história.
Os sussurros do passado se entrelaçam,
como folhas levadas pelo vento,
levando consigo os segredos esquecidos,
as promessas não cumpridas,
e os sonhos que nunca floresceram.
Vê-se em fragmentos, em espelhos quebrados,
Nos confins do tempo, seus desejos calados.
Fios de destino, entrelaçados em magia,
Cada vislumbre revela, uma nova agonía.
Um café na esquina,
um olhar atravessado,
o aroma do outono,
tudo é familiar, e ainda assim,
surpreendentemente novo,
como uma canção que já ouvimos,
mas não conseguimos recordar o título.
Olhos de mistério, que lêem o futuro,
Nas nebulosas danças, onde o sagrado é obscuro.
Uma vida de encantos, em sombras que vagam,
Cada feitiço lançado, um fardo, carregam.
Na vastidão do inconsciente,
as imagens se agitam,
um caleidoscópio de vidas não vividas,
possibilidades que dançam sob a superfície,
perguntando-se se, de fato,
estamos todos conectados
por fios invisíveis de destino.
enquanto a mente hesita,
navegando por entre esses labirintos,
um suspiro profundo nos revela,
que cada déjà vu é uma oportunidade,
um convite a reconhecer
as nuances do ser,
as intersecções do real e do imaginário.
Do outro lado, um homem de formas grotescas,
Com cabeça de porco, em cacos se mescla.
Fragmentos de vidro, reluzindo ao luar,
Refletem suas memórias, em cacos flutua.
Nos estilhaços crivados, ele busca o que foi,
A vida em pedaços, um mosaico que sangra e dói.
Cada lâmina cortante, um momento marcado,
Risos e lágrimas, em um labirinto enredado.
Ele enxerga seu ser nas fissuras do chão,
A dualidade crua, a eterna solidão.
Em cada reflexo, a confusão persiste,
O homem que foi, e o que nunca existe
tecendo experiências,
como um bordado intricado,
cada ponto uma escolha,
cada ponto de vista uma revelação,
na eternidade do agora,
onde a familiaridade se encontra
com o mistério do que ainda está por vir.
Abismos do absurdo de um sonho que nunca amanhece,
um labirinto de espelhos reflete o nada,
onde o déjà vu se transforma em risos distantes,
e os rostos se derretem como cera no calor do tempo.
Caminhando por ruas de um silêncio ensurdecedor,
cada passo ressoa em ressonâncias de vidas não vividas,
e a lógica se dissolve, como açúcar na chuva,
tecendo paradoxos que se entrelaçam e se desfazem.
Uma borboleta, com asas de vidro,
baila na vertigem da dúvida,
descrevendo círculos em torno de um destino ausente,
perdida entre os instantes que nunca foram.
Ou se foram muito distantes do que são,
As palavras se despedaçam,
como fragmentos de um relógio quebrado,
onde o tempo não é linear,
mas uma serpente que se devora,
um grito das cavernas do silêncio.
No horizonte, o sol se levanta e se põe,
num ciclo interminável de esperança e desespero,
e a luz sangra em tons de vermelho profundo,
como se o universo estivesse vivo,
clamando por respostas que nunca chegam.
Um homem sem rosto,
com olhos de lago profundo,
observa o desenrolar do absurdo,
mergulhando em paradoxos que queimam,
e cada instante se transforma em um labirinto,
onde o sentido se esvai como fumaça no vento.
dançando na linha tênue entre o ser e o não ser,
onde o déjà vu se torna um buraco dilacerante,
um lembrete do que poderia ter sido,
um grito mudo em meio à cacofonia,
navegando as marés de um absurdo sem fim...
Surge das penumbras um ser, híbrido em essência,
Enraizado em paradoxos, em total divergência.
Uma criatura-planta, que se arrasta na areia,
Finca raízes no mar, onde a vida se passeia.
Seu corpo se contorce, em busca do azul,
Ondas que dançam, sob um véu de turquesa e vulto.
Ele se vê nas marés, na cadência da espuma,
Cada onda um reflexo, uma vida que se arruma.
Enxerga a existência em rítmica ondulação,
Ser hemafrodita, em busca da união.
Assim, flui e se adapta, na dança do destino,
Fazendo da vida um eterno hino divino.
No epílogo, esmagados sob o peso do paradoxal,
com o sangue pulsando nas veias,
em uma dança frenética,
cada batida um chamado à memória,
cada retorno um mergulho na insanidade,
um eterno ciclo,
um déjà vu que sangra,
que grita em nossa essência,
sem nunca realmente dizer por que
neste épico, entre sombras e luz,
O menestrel dos destinos canta sua cruz.
No universo caótico, com vozes dissonantes,
Cada ser, uma história, em figuras distantes
Esmagados sob o peso do paradoxal,
com o sangue pulsando nas veias,
em uma dança frenética de estátuas
cada batida um chamado à memória,
cada retorno um mergulho na insanidade,
um déjà vu que sangra,
que grita em nossa essência,
sem nunca realmente dizer...
Você está lendo um texto de um Autor Visitante do Castelo Drácula. Algumas edições do projeto podem permitir que autores visitantes escrevam e participem sem que seja preciso que tenham contrato assinado com o Castelo Drácula. Autores visitante não têm perfis fixos. Ao abrirmos nossos terríficos umbrais para visitantes, esperamos que eles possam vivenciar um pouco do trabalho editorial e da profunda dedicação da equipe do Castelo Drácula.