

Simbologia de uma torre imponente
Definha’s estruturas obra inacabada | Abalada em si pela agonia | Bela torre bradava ao céu alada | Babel em momento de alegria…

Crisálida do Vazio
O que sou senão um mero errante, | Um grão de areia à beira de um abismo, | Um mero sussurro em um tempo vacilante, | Moldado em pranto, pó e sofismo?…


O que é um Anfêmero?
Ao Anfêmero pertencerá a sua vida em todas as instâncias emocionais e psíquicas. O Anfêmero é um livro e posso…

A Casa dos Quatro
Tinha uma bruxa na lua... | Eu sei, | Eu vi. | Subia, ao fim da rua, num ruído verdejante de poeira... poeira de livro velho. | Pó de cravo, sálvia do inverno…

Serei Póstuma?
Temer tornar-se póstuma poeta | Amarga-me a ponto d’um malfeito: | Tirar d’um literato a sua costela | E pô-la, ensanguentada, no meu peito…

Flor da Morte
Mui bela, azulínea, pulcro aroma… | Enflora desolada finitude… | Ó, pétalas de seda! Eis meu sintoma: | Saudade… terra úmida, ataúde…

Velório Sombrio
Nas pequenas cidadelas e nos ermos lugarejos onde o tempo parece ter parado e a modernidade ainda não se fez presente, onde as formas de…

A Travessia
Sob o manto escuro da noite, eu a vejo, | uma ponte feita de ossos e madeira antiga. | Ela desperta com o som de trovões, | um caminho que chama meu nome…

Asas nos pés da fugitiva
Vestiu-se, apressada, do manto grosseiro rumo ao ôco do inverno. Cavalarias, praguejos, convites de funeral… o inferno a incendiar os céus!…



Tudo Acabou
Será que tudo acabou? | Quando se destrona o sono | A realidade pesa pelo abandono | E o suor da vida sem sonhos, inundou…

A Ponte Sem Fim
Há uma ponte eterna que atravesso, | Da qual não vejo o fim, se a distância | Aumenta quando penso haver progresso — | Se feita é como as minhas esperanças…

Baile de Máscaras
Sob o arco dourado do salão brilhante, | desliza a vida em passos intrigantes. | Um baile onde máscaras não revelam a verdade, | trocando sorrisos por…

O Céu das Alfazemas
Efervesce a penúltima instância dessa madrugada que precede a miséria. A cova estreita, madeira de bétula, os vermes e comichões... É o meu dia…

Sepulte-me, Ana
Prometeram-me que não haveria enredo depois do fim! Quem eles pensam que são?... Como ousam mentir?! Não há morte, não há honra, não há sono...


Violenta II
O tempo de colheita já passara; | Passara o triste inverno e suas chuvas… | Somente o que não finda, o que não sara | Jamais: uma lembrança que machuca…