Imagem criada e editada por Sara Melissa de Azevedo para o Castelo Drácula

Um beijo sepulcral na testa dada ao frio
Mais descoberta que a vida fora dos rumores
Um beijo traz imagens das carícias e das dores
Da vida gélida de um alguém sem brio

Não estava o céu como num poema de anil
Naquele dia de dúvidas e temores
Quando no copo de veneno goles dos odores
Desciam. Tomando o último soneto, partiu

Morte breve, sem amigos por escolha sua
Morreu bêbado com uma pena atravessada ao peito
Desfez as malas: um papel e rabiscos
Jogou com a morte paciência à luz da lua
Perdeu naquilo que nunca tinha feito
Bebeu último o último dos seus vícios.

Texto publicado na Edição 13 da Revista Castelo Drácula. Datado de fevereiro de 2025. → Ler edição completa

Leia mais em “Poesias”:

Anterior
Anterior

À Crusoé

Próximo
Próximo

Tudo Acabou