Me(se)dusa

Arte de Delphin Enjolras

Límpido rosto, cabelos ao vento:
Brava natura, serpentes à solta
Lembram seus cachos (de preto veneno),
Prendendo quem olha, pois impressiona 

Sua beleza, de rara peçonha:
Olhar sem maldade, mas de desejos
Enchendo quem fica por muito tempo
De frente co’a imagem que ela disponha...

Fantástica face, qual semideusa
De muitos poderes sob suas presas,
Capaz de uma pedra o alvo tornar...

Bastando que a vejam, longo feitiço
Injetam seu olhos — enrijecidos
Tornam-se os membros, se muito a encarar…

Texto publicado na 1ª edição de Frenesia. Datada de junho de 2024. → Ler edição completa
 
 

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