Absentir-te
Imagem criada e editada por Sara Melissa de Azevedo para o Castelo Drácula
Virente arbóreo e úmido arrebol
Intenso verdinegro evanescente…
O fogo à vela é o único bel sol,
Enquanto uma elegia é confidente;
Receio qu’encontrar-te é meu conflito,
Aos poucos, ribanceira, entr’este ardor…
Longínquo faz… no torso o manuscrito:
Alálicas, as juras, amargor…
“Por que me foges, Áurea?” Porque sinto.
O horror de não saber toda a verdade…
Teu toque, a voz, o corpo, alma-absinto…
E toda a traiçoeira ambiguidade…
Ó, sonho! Deixe o pélago de mim
Jazer n’este teu íntimo verdim,
Pois sofro o ímpio mal da realdade.
Texto publicado na 9ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de setembro de 2024. → Ler edição completa