Lôbrego Pássaro
Imagem criada e editada por Sara Melissa de Azevedo para o Castelo Drácula
Virente alfombra, um manto surreal
Curvando nas estantes, relva e flor,
Abaixo d’um solar transcendental,
Um flúmen próprio rega o esplendor;
Ouvindo um canto lôbrego e sublime
Por entre livro e arbusto, eu o encontrei,
Um preso negripúrpuro — ó crime!
Com asas, sem voar… eu lhe afaguei;
Cantava como a morte e igual a um flúmen
Corvino, longa crista, formidável!
Porém, nos olhos úmidos, um lúmen;
Narrou-me: “Será que há de ser curável
As úlceras d’um’alma encarcerada?
Se livre, verei a vida obliterada
Ou sonho de fortuna venerável?”...
Texto publicado na 9ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de setembro de 2024. → Ler edição completa