3 — A Revelação
Co’as pálpebras cerradas… eu mui sinto | “Evoque à tua memória em meninez | Ao leito d’uma morte…” — ouço e pressinto | “Brutal que preservei tua languidez…
IV de Espadas
Três lâminas pendentes, uma ao lado — | repousa o cavaleiro. Ele adormecen | o santuário, e põe suas mãos em prece | sobre o corpo de pedra armadurado…
Sangue Espesso
Não há como gritar, | Quando se der conta | Será tarde demais. | Fria como um cadáver, | Ainda assim, | Muito mais viva do que você…
De agosto a outubro
Profunda vastidão chuvosa | Que desabada sobre a árvore, | Não soluce, não respingue violenta. | Não a arrebate com pressão. | (Ou violação)…
Esperança Cadavérica
Caindo lentamente | No rosto desfigurado | Que chora desde ontem | A cruz que a enforcara | De suas crenças. | Acredita-se que talvez | Um ser divino possa vir…
4 — A Perturbação
Atento o meu olhar “Quem és, ó Dom” | Indago n’agonia em mim crescente“ | Herói que salva ou mal que ofende o ambom? | Por que me causas mágoa caulescente…
Tirano da Tumba
Três lâminas pendentes, uma ao lado — | repousa o cavaleiro. Ele adormecen | o santuário, e põe suas mãos em prece | sobre o corpo de pedra armadurado…
Sonnet d'Après la Mort
Além dos horizontes onde a vida se desvanece, | Onde sombra e luz se fundem num eco, | Minha alma se eleva, livre de todo fardo, | Em direção aos céus etéreos onde…
Balada Vampiresca
Uma sombra a cavalo se movia | Sob as chuvas torrenciais de agosto, | Uma capa escura o protegia | Enquanto um chapéu ocultava seu rosto…
Dama Sonura
Ouviu Dama Sonura a lacrimar | Com alma e solidão, preces soturnas, | Ao sopro d’um abismo à chuva-lar | Que dela faz as letras tão noturnas;…
Extramuros
História de anciões, cantigas, lendas: | Terreno por selvagens percorrido; | Avesso a humanas leis, segundo a crença, | Lugar de estranhas vias, sons, gemidos…
Inspeção da Insuficiência
Profanei a minha existência | Me levando na falência | De percorrer no insólito | Escuro entardecer… | Prendi meu ar persistindo na expectativa,…