Sonho Mortal
No topo de uma profanada capela | nos antros de um cemitério | está ela, a vampira infernal, | feito gárgula fêmea ensandecida | sobre um macho cadáver humano.
Um ser vampírico fala
Detenho um coração morto. É fato incontestável, mato e mato por ser um monstro, mato por sede e pelo prazer de matar. A humanidade, que outrora foi o…
A Harmonia do Acaso
Existem dias em que todas as forças do Universo se unem para que o acaso possa acontecer de uma forma que nada, nem ninguém possa desconfiar…
De como Solas governa Zélis
Seis mil anos antes da invasão do Abismo, um arquidemônio já sombreava o plano terrestre com suas asas. O continente-reino de Zélis era o menor do mundo…
A Ópera dos Vampiros
As expectativas do público funesto eram altas. Os presentes, aos poucos, preenchiam os assentos do teatro, que se encontrava sob a penumbra diante…
Nas Sombras da Inquietação do Ser: Hamlet e Kierkegaard
A clássica citação já nos acende o sentimento profundamente existencial que permeia a obra-mestra do grandioso Shakespeare…
Soneto 98, de William Shakespeare
De ti eu me afastei na primavera, | Bem quando o elã de Abril, com seu preparo, | Depôs um ar travesso em toda esfera, | Na qual até Saturno achou amparo…
Soneto 66, de William Shakespeare
De tudo farto, à morte, à paz suplico, | Por ver alguém tão bom nascer sem nada, | E quem tem tudo de alegrias rico, | E a fé mais pura e crente tapeada,…
Soneto 28, de William Shakespeare
Como posso voltar a ser feliz, | Estando carecido de descanso? | O mal do dia as noites faz febris, | E assim com dia e noite iguais avanço,…
O Último Blackwood e a Sombra de Lilith
Sete. O número ecoava no sótão empoeirado, onde a luz morria antes de alcançar os recantos mais profundos. Sete batidas secas do relógio de…
Texto e cena: Dramaturgia e narrativa — o teatro como linguagem da vida
“...quero indicar sobretudo que para mim o teatro é ato e emanação perpétua, que nele nada existe de imóvel, que o identifico com um ato verdadeiro…
Preciso ir embora
Preciso ir embora. Esse pensamento martela no meu coração, quando abro os olhos e não vejo nada, apenas o escuro. Nas pontas dos dedos…
A Boneca da Vitrine
O sino badalando na porta indicava a chegada de novos clientes, uma mãe e sua filha. A mãe olhava nostálgica ao seu redor, várias estantes recheadas…
A Melodia dos Sepulcros Esquecidos
A bruma gélida da manhã engolia a vila de Oakhaven, transformando as poucas casas em fantasmas cinzentos e o velho cemitério em um mar…
Chronos, o Faminto
Sou tal qual o monstro de Goya, | sou a fera cruel que te condena | a ser o alimento da minha fome, | devoro-te com o phallus e com a boca, | sou Chronos, o faminto…
4 Poesias DO ÂMAGO de Tiago Serigy
Tiago Serigy é nascido em Aracaju, Sergipe, e carrega uma alma que pulsa em versos desde a infância. Professor de História e estudante de Jornalismo…
