O Gosto

Caju mordido, abre uma banda
Como a bunda que abre duas
Antes mesmo de cravar os dentes
O sumo escorre da boca
Tira o gosto natural
E bota o seu gosto de fruta
Dai-me nos teus lábios
Esse sorriso demente
De alcoólatras embolados
Inda na mesa pelos dentes
Carmomendo-se ainda quentes
E caindo ao chão que os acolhe
Toda a madrugada
Destes bichos de ares rarefeitos
Goela adentro ardente líquido dissolve
Licor de pele flácida.

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