Epílogo
Beija-me na escuridão, ao som do abismo; se tens amor por esta que te dedica o mundo, deite-se n’esta sepultura, meu querido. Ajoelho-me para sorver do teu deleite, assim morrerás em agradável êxtase.
Deixe que verta o sangue teu; e trar-te-ei de volta à vida. Adentre o oceano que pulsa sob o teu obscuro olhar, encontre o calor de meu ventre. Ouça o infinito — ele canta a nossa efemeridade. Deixe a intensidade ferir e nossa tez.
Não haverá nova aurora, querido; a infinda noite das criaturas mórbidas nos queimará tanto quanto o fervor de nosso desejo lascivo. Assim como queiras, com a força que mereço; medo, terror, loucura. Bem-vindo ao fim de todas as coisas.
A Literatura Erótica é uma arte, mantenha o respeito e a educação para com a autora desta obra. Se algo te incomoda neste conteúdo, não o leia; se algo te agrada, aproveite em silêncio. A autora e o projeto não se responsabilizam por negligências alheias, más interpretações e pudores particulares.
Entrego-me ao teu domínio. Teste minha devoção. Meu Dono tu és, de ti sou e, da alma que me pertencia, mas que, agora, também é tua, há tão somente…