Horas Vagas

Me aproximo das horas vagas
Com a lentidão uma brisa
Seus olhos, ainda que pequenos
Me clareiam
Que me envolvem, me escondem da minha própria pequenez

Poente em mim
Teu olhar de astro orvalha
No silêncio de pedra da alma
O cio
O brilho dos olhos, pensamento vão
Às gotas da noite passada

Teus olhos sãos como delírios
Madrugada adentro, chove lá fora
Cobertos de seda e de lírios
Inscrevem na carne o gosto da cólera

A natureza se inflama
Estamos propensos de estio
Enquanto fora de casa é poente
Dentro do dia posto em chama
As sombras no crepitar da cama
Teu olhar é um solar potente
Penetra no meu e diz que me ama

Que foda!
Como você esconde com as palavras o que os sentidos já sabem e neles está escancarado
Seu olhar de nuvem passageira, nas horas vagas
Chove tempestade.

A Literatura Erótica é uma arte, mantenha o respeito e a educação para com o autor desta obra. Se algo te incomoda neste conteúdo, não o leia; se algo te agrada, aproveite em silêncio. O autor e o projeto não se responsabilizam por negligências alheias, más interpretações e pudores particulares.

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