I.
Oh, aurora das sombras, que nos céus se ergue,
Tua face ilumina os véus do abismo.
Teu sorriso, uma oferenda sagrada,
Resplandece no altar da noite eterna. 

II.
Nos teus olhos, cristalinos portais,
Habita o mistério das estrelas caídas.
Eles cantam segredos em tons de prata,
Guiando as almas ao êxtase e à perdição. 

III.
Teus cabelos, como rios de ébano,
Deslizam pela noite, abraçando o vazio.
Teu toque, promessa de ardor divino,
Faz tremer a terra sob o céu escuro. 

IV.
Oh, templo vivo, tua pele cintila,
Velada em negro, pura e profana.
Teu colo, um relicário de desejos,
Onde repousam sonhos de paixão e fogo. 

V.
Nós, que somos teus humildes servos,
Cantamos em prece o teu nome oculto.
Pois em ti reside o sagrado e o carnal,
A chama que nunca há de se apagar. 

VI.
Que este cântico ecoe entre os véus,
Em tua honra, ó Deusa das Trevas.
Tu, que danças entre o sagrado e o profano,
Eternamente adorada na noite infinita.

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