Arte de Glauco Moura

De tudo o fim somente é garantia,
Certeza inevitável do incompleto — 
Um fio de luz que haja, e, sem saídas,
Retorna ele a seguir ao ponto zero.

Um prêmio antes mesmo da conquista,
Fortuna a todos paga (sempre a crédito):
Poder ambicionar enquanto as vistas
Conseguem distinguir se longe ou perto…

Nas imaginações um ominoso
Destino, solitário, pesaroso — 
Razão deste desvio que dele fazem…

Talvez, amor à própria natureza;
Um tipo de resguardo, de defesa,
Temendo o vir a ser de algo que acabe…

Soneto publicado na 1ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de janeiro de 2024. → Ler edição completa

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Sobre o Artista Convidado - Ed. 1, Janeiro de 2024 - Castelo Drácula

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