22. É a Fonte de vida e ajuda a escapar dos perigos da morte

Imagem criada e editada por Sahra Melihssa para o Castelo Drácula

Diário de Rute Fasano

Data Incerta - Meus olhos ainda ardiam com o sal do oceano e minha mão treme ao escrever tudo isso, seguimos por entre aquela ilha de aparência seca que mais parecia uma ossada gigantesca, que fazia ainda mais me dar conta da minha insignificância. Mara ia à frente, sua silhueta, magra e alongada, parecia por vezes se dissolver no nevoeiro que começava a se espalhar rente ao solo, parecia querer certa distância de mim, caminhava em silêncio. Eu a seguia, cansada, sentindo como se minha alma, se ainda existe uma, pulsasse dentro de mim. Como se eu estivesse caminhando entre realidades, talvez dissociando, porque estamos mesmo caminhando entre realidades, não havia outra explicação lógica. Havia silêncio demais entre nós, aquele silêncio incômodo, palpável, como se minha existência fosse inadequada para ela. Até que ela parou, sua cabeça ergueu de súbito, como se ouvisse algo que para mim não era permitido ouvir.

— Escuta — ela sussurrou.

E então um som estranho, como som de eletricidade abafada, sem direção ou local específico, sufocado pela distância. Viramos ao mesmo tempo e vimos bem ao longe, uma figura difusa, solitária que deslizava em nossa direção, vestida com um manto antigo e escuro, seu rosto oculto por um véu negro espesso. Ela não nos olhava ou ameaçava, apenas caminhava em nossa direção, vinda de sabe-se lá onde, o nevoeiro se condensou e num piscar de olhos ela sumiu. Não houve ruído, apenas a sua ausência súbita no meio daquele nevoeiro, o vento aumentou de intensidade e com ele veio um frio que era mais do que uma mudança brusca de temperatura, era um aviso de que deveríamos sair dali. Mara se virou para mim, com os olhos arregalados e não precisou dizer nada. Corremos, ou pelo menos corri rápido com o pouco de energia que meu corpo permitia, e entramos em uma caverna próxima. A escuridão da caverna nos engoliu, lá dentro era úmido, o ar denso e o cheiro de mineral quase metálico, e a única luz vinha do fundo da caverna, embaçada pelo nevoeiro que invadia. Me recostei na parede fria, ofegante, eu não conseguia parar de olhar para a abertura lá fora, como se a qualquer momento a figura pudesse deslizar até lá e nos encontrar dentro da caverna, eu não sabia o que ela era, para mim não era uma ameaça, mas senti o medo em Mara e isso foi o bastante para me fazer correr.

Fomos mais para o fundo da caverna, o chão sob nossos pés era irregular, coberto de limo, úmido, cada passo nosso era abafado, as paredes eram escuras, riscadas aqui e ali por nervuras metálicas, veios de minerais com um brilho pálido. O teto era arqueado em certas partes, outras erguiam-se como abóbadas de uma catedral esculpida na rocha, outras partes eram tão baixas que nos obrigavam a abaixar a cabeça. Quanto mais adentrávamos a caverna, mais seu ar ficava pesado, impregnado de um odor de sal, ferro e umidade, como se estivéssemos respirando o ar das entranhas da caverna. Gotas dispersas caíam do teto, estalando nas pedras com um som irregular, como uma música experimental e assombrosa, às vezes contínua, outras vezes descompassada. Mara caminhava à frente, sem olhar para trás, os dedos roçando lentamente as paredes, como quem busca uma evidência tátil de que estava no lugar certo e que aquilo era real. Eu não precisava tocar a caverna, eu a sentia sob minha pele, se situando com leves toques gélidos que arrepiavam os pelos do meu corpo, a umidade que começava a ultrapassar as minhas roupas, se infiltrar na minha carne, se fixar na minha consciência. Nós avançamos mais e notei pequenas formas no teto, formações calcárias, finas estalactites como agulhas que pingavam devagar, construindo gota por gota um padrão que jamais seria terminado, algumas pareciam dentes fazendo conjunto com as estalagmites do chão que se projetavam em direção ao teto, algumas delas se unindo uma às outras formando colunas, outras pareciam garras, vestígios de algo que começou a se formar muito antes de nós, e que continuaria mesmo depois de nossa presença ali.

Ao fundo, a caverna se abria numa espécie de sala ampla, do teto, uma escuridão absoluta, o chão ali era mais seco, coberto de pedras quebradas e poeira que formava uma fina nuvem com qualquer movimento nosso. Nos sentamos ali, sem nos olhar, sem trocar palavras, pois não havia necessidade. O som do lado de fora se tornou mais distante, fechei os olhos, e o som do que ouvimos lá fora continuava distante, abafado pelos sons do interior da caverna. Os sons da caverna, indistintos, pareciam carregar o ruído de todas as coisas vivas e mortas, não sabia como eu sabia disso, mas sabia, sentia-me uma hospedeira dentro daquela caverna, não tendo ideia para onde ir e só me restando ali permanecer, ouvir a caverna respirar e esperar o próximo passo de Mara. Antes que eu pudesse descansar direito, Mara se levantou, eu não saberia explicar o sentimento de sentir que eu era repulsiva para ela, mas eu sentia isso, talvez nossa ligação permitisse isso, eu não sei.

Então andamos mais para o fundo da caverna em direção à luz, uma luz prateada difusa, seguimos em direção a ela e foi então que vimos os ossos. Havia crânios empilhados como tijolos, formando paredes, tetos e lustres como uma capela, havia símbolos em excesso, cristãos, iorubás, hindus, judaicos, wiccanos, islâmicos e outros que não reconheci, alguns cobriam os ossos, outros estavam entalhados nos crânios, tudo ali tinha um cheiro seco e pungente. No fundo, sentada sozinha como se fosse parte do cenário, havia uma jovem curvada sobre uma mesa de pedra, escrevendo com uma pena que segurava com os dedos delicados, ao seu redor havia alguns livros e papéis, pequenas relíquias, tudo organizado com cuidado, era dela que vinha a luz prateada. Ela notou nossa presença e levantou os olhos para nós e ficou de pé, ela tinha uma pele de um marrom escuro, um tom tão escuro quanto o meu, olhos âmbar intensos que davam um contraste tão perfeito com o tom escuro de sua pele, cabelos escuros, longos e volumosos, com cachos caindo em cascatas, um fino véu sobre sua cabeça que dava a ela uma aura divina. Seu vestido longo e escuro, com detalhes dourados, parecia uma santa guardiã dos mortos naquele ambiente que possuía uma atmosfera onírica e assombrosa.

— Vocês chegaram — disse com uma voz melodiosa. — Meu pai disse que viriam e eu estava rezando por isso. Aliás, me chamo Siehiffar — disse esboçando um sorriso calmo e fazendo uma leve reverência. — E vocês devem ser Rute e Mara.

Não fiquei surpresa e acredito que nem Mara tenha ficado, com o fato de Siehiffar nos conhecer, todos pareciam saber algo sobre nós, enquanto eu tentava entender quem eu era naquele momento. Eu quis perguntar quem ela era de verdade, como soubera de nós, mas minha garganta permaneceu trancada, esmagada pela densidade daquele lugar. Olhei a parede de ossos à nossa esquerda, só então percebi que as marcas nos crânios não eram apenas símbolos isolados, juntos eles formavam linhas, mapas, trajetos entre as crenças, como se alguém tivesse desenhado uma cartografia sobre os restos de quem em vida acreditou em algo.

— Eles vieram antes de vocês — disse ela estendendo a mão à parede. — E acabaram se tornando parte da estrutura.

Mara estremeceu ao meu lado, eu pude sentir, mais do que ver, que ela apertava as mãos umas contra as outras.

Olhei dentro dos olhos âmbar de Siehiffar e dentro desses olhos vi uma paz que não era deste mundo. Mara estava em silêncio e eu observava Siehiffar, desejando tocar a sua pele, tocar aquela paz com minhas mãos sujas de… dúvidas? Não, de maldade talvez, ou desejo por salvação. Controlei meus impulsos que eu não sabia de onde vinham.

— Quem é seu pai e como ele sabia que viríamos? — perguntou Mara com a voz seca e hostil.

— Abdalla Monm, ele disse que vocês apareceriam aqui no momento certo — ela falou ainda gentil, ignorando a hostilidade na voz de Mara.

— O professor Monm? — eu disse surpresa. — Faz quanto tempo que você está esperando?

— O tempo não é importante aqui, o importante é que vocês estão aqui — falou, mostrando com as mãos um canto da caverna iluminado por velas sobre os crânios da parede. Mas eu e Mara continuamos de pé, ainda absorvendo aquela presença tão viva num local tão cheio de morte.

Ela nos ofereceu água e comida e depois perguntou se poderia ver meu ferimento — aquele que já deveria ter cicatrizado. Concordei, então ela colocou as mãos no meu ferimento, murmurou algo numa língua que não reconheci. Senti um alívio, e a dor que eu já não lembrava mais que sentia, sumiu.

— Isso não sou eu — disse Siehiffar — é a Fonte que flui através de mim, eu apenas a deixo passar. Curei o seu ferimento, mas os danos que ele causou são incuráveis — se virou e olhou para Mara. — Desculpe por não poder fazer algo por você, mas a cura que você precisa não virá de mim. Sentem-se e descansem.

Nos sentamos ali, sobre tapetes antigos estendidos no chão de pedra, nós a ouvimos falar sobre um Deus sem forma, sem nome e sem lógica, que ela chamava de a Fonte, um Deus que estava acima do que existe e não existe, um Deus que não exige, apenas nos convida à contemplação, um deus sem gênero ou rosto.

— Acredito que não se deve buscar a Deus com perguntas — ela disse — mas com atos, com contemplação, no caos e na calmaria da natureza.

Ela falou de mundos dentro de mundos, de lugares que apenas podemos ter acesso em sonhos, de estrelas mortas que ainda emitiam luz, disse que as religiões, todas elas, são um espelho rachado que tenta refletir um rosto que ninguém nunca viu. Ela olhou para nós com carinho e disse:

— Vocês já acreditaram em algo, não é? Antes da dor, da morte, do castelo.

Mara ficou em silêncio e eu não respondi de imediato. Pensei e disse:

— Acreditei, mas hoje não vejo sentido, não vejo propósito nas promessas de salvação que não nos levam a lugar nenhum.

Ela não respondeu, apenas pegou um osso do altar atrás de si, um fêmur humano, com símbolos esculpidos, e o soprou como uma flauta. O som saiu puro e cortante. E eu a observei fazer aquilo e apenas desejei entender o que aquilo significava, ou ela estava apenas tentando me fazer entender que nem tudo precisa fazer sentido ou ser explicado.

— Você pode morrer aqui se quiser, mas também pode renascer. O tempo já não se move aqui, este lugar não está onde o mundo pensa que está. Aqui, o que você sente é o que te guia — ela falou com um leve sorriso.

Estar ali com Siehiffar era ao mesmo tempo agradável e confuso. Minha mente tentava entender suas palavras, sua intenção, mas era tudo cheio de significado, mas sem significado nenhum, como se ela falasse um monte de palavras bonitas, mas nenhuma delas fizesse efeito ou sentido para mim. Mara continuava em silêncio, nem um movimento ou palavra. Estávamos ali cercadas de ossos e símbolos e na companhia de Siehiffar em silêncio, não um silêncio incômodo, mas contemplativo. E em minha cabeça eu pensava no motivo de tudo ali ser tão incompreensível. Então Siehiffar sorriu para mim e disse:

— Acho que algumas perguntas não precisam de respostas.

Ela olhou para nós, se levantou devagar e caminhou até o centro da caverna, seus pés quase não faziam som no chão de pedra da caverna.

— Venham — disse ela, se virando para nós — há algo que quero mostrar a vocês, algo que quero convidá-las a ver, se quiserem, é claro.

Troquei um olhar com Mara e ela assentiu com um leve balançar de cabeça, então fomos. Siehiffar afastou uma tapeçaria de ossos unidos com cabelo humano; atrás dela, uma porta foi aberta com um leve rangido. O corredor que se revelava era longo, escuro e curvado, no fim dele uma luz prateada podia ser vista e, quanto mais avançávamos, mais seu brilho aumentava.

— Este é o caminho da Fonte, na verdade, um deles — ela disse com uma voz calma — é aqui que os que deixaram de acreditar vêm para se lembrar como crer, que os que sangram aprendem a oferecer seu próprio sangue como semente, e é onde o desejo se torna palavra, as palavras se tornam ação.

No fim do corredor havia uma câmara circular. O chão era de pedra, coberto de pequenos símbolos; o ar era espesso como algo que não sei como nomear. No centro, uma mesa de pedra e, sobre ela, uma tigela com um líquido prateado que parecia mercúrio líquido, como as águas dos rios de Séttimor. Siehiffar ficou ao lado da tigela, fechou os olhos e pronunciou palavras incompreensíveis, mas com um tom de voz tão musical que parecia um mantra. Silêncio novamente, e depois ela abriu os olhos e nos encarou com suavidade.

— Rute, Mara, convido vocês a dormirem aqui por uma noite, tendo a Fonte como vigia. Se ouvirem algo, ou sonharem algo, poderão partir e seguir o caminho que foi designado a vocês. Mas, se nada virem, ficarão aqui como todos os outros antes de vocês.

Senti um aperto no peito, mas a ideia de que talvez algo pudesse me impedir de voltar ao castelo foi reconfortante. Mas eu suspeitava que teria sonhos — ou melhor, teria pesadelos.

— Se nossos sonhos forem pesadelos? — perguntei.

— Eles também têm o rosto de Deus, às vezes até mais do que os anjos — Siehiffar sorriu.

Tudo vibrava, tudo me sufocava e eu tinha a certeza que seriam pesadelos o que eu teria, eu queria entender Siehiffar, e ao mesmo tempo não sabia se queria mesmo entender, mas sabia que queria ficar ali. Dormimos ao lado da tigela, deitados sobre mantos antigos que Siehiffar estendeu para nós. Mara ficou um pouco próxima, mas ainda parecia querer manter uma certa distância de mim. Me deitei e o ar parecia denso, demorei para pegar no sono, mesmo cansada, meus pensamentos não me deixavam relaxar e permitir que o sono chegasse, e de repente eu estava sonhando. Não era um sonho comum, o castelo estava lá e eu estava nele e eu era ele, vivo de maneira orgânica: ossos, músculos, tendões, nervos, carne e pele, e eu podia ouvir que em algum lugar dentro dele havia um coração que batia lento no mesmo compasso do meu. Os vitrais pareciam sangrar uma luz vermelha mortiça, as paredes quentes como um corpo vivo e o teto escuro e fundo, mas que ao mesmo tempo parecia o teto de uma catedral.

Andei pelos corredores do castelo e vi ao longe Ameritt andando devagar com um enxerto de flores vermelhas e roxas e cogumelos que cresciam de seus braços, rosto e no topo de sua cabeça. Ela sorria, mas em seus olhos havia lágrimas. Vi o salão do baile vazio e todos os seus espelhos cobertos com panos negros que tremulavam sem vento, vozes sussurrantes e outras guturais pronunciando meu nome. Andei até a biblioteca e vi Monm curvado sobre uma mesa, escrevendo com fúria nomes que eu não conhecia, mas eu sabia, não sei como, serem nomes dos mortos — e o meu nome estava entre eles. Então eu senti Drácula, antes mesmo de o ver; ele estava no alto da escadaria central como um deus abandonado, vestia uma túnica branca cuja borda era vermelha, como se tivesse absorvido uma grande quantidade de sangue do chão do castelo. E cada vez mais sua túnica se tornava vermelha, até o sangue absorvido tomar toda ela. Sua pele alva e seus olhos vermelhos ardiam, me reconheciam como uma igual, e a sensação de ser reconhecida por ele fez meu coração disparar em uníssono ao coração do castelo.

— Você partiu — ele disse com uma voz firme e calma — mas o castelo foi com você.

Ao seu lado estava Hadassa, linda e viva, com um véu escuro que mal cobria metade de seu rosto. A outra metade era osso, o crânio com metade de uma cruz gravada na testa. Sua boca sorria um sorriso ao mesmo tempo conhecido e assustador. Ela segurava um livro — na verdade, o livro de Mara — com dedos que pareciam vivos e também mortos.

— Você fugiu da promessa, Rute? — ela sibilou com aquele rosto que tinha apenas metade dos lábios.

“Que promessa?”, eu pensei e tentei responder, mas minha garganta estava cheia de água salgada.

Então Mara apareceu no sonho, com um vestido longo branco simples, um véu e uma coroa com rosas cheias de espinhos que afundavam na sua cabeça, fazendo linhas de sangue deslizar sobre o véu. Seus pés descalços sangravam na escadaria do castelo, deixando suas pegadas, indo em direção a Drácula.

— Mara! — gritei seu nome e fui andando em sua direção.

Ela parou, virou-se para mim, levantou o véu, e quando ela me olhou, surpresa — não era a minha Mara, translúcida — era uma mulher de carne e osso, com pele de um tom quente, um âmbar escuro, sobrancelhas e olhos escuros muito expressivos e intensos, nariz levemente aquilino e lábios cheios e bem marcados. Senti como se meu coração fosse apertado com muita força. Senti mãos tocarem os meus ombros e me girar com pressa, e lá estava a minha Doppelgänger, aquela que deveria estar na outra versão do castelo, ainda vestida como no baile de máscaras.

— Você tem que voltar — ela gritou.

— Por quê?

— Porque o castelo está em você, e você precisa continuar a escrever — disse, enquanto segurava meus braços, me impedindo de ir em direção a Mara.

— Eu não quero mais escrever, estou cansada — gritei.

— Mas você precisa, mesmo que doa — ela falou, colocando a mão esquerda em meu rosto e o acariciando de leve, e depois me empurrou.

Então o chão se abriu e eu caí num mar de sangue e tinta. Vi as palavras do meu diário se dissolverem naquele líquido viscoso e rubro, minhas memórias escorrerem pelos meus dedos e irem em direção a um fundo com uma luz prateada que vibrava. Então acordei, ainda deitada no manto antigo, tentando me orientar. Mara estava ao meu lado, também desperta.

— Você também…? — não precisei terminar a pergunta, ela logo assentiu.

O líquido na tigela ainda brilhava. Saímos de dentro daquela câmara e, sentada na escrivaninha, estava Siehiffar, concentrada na leitura. Olhou para nós com um sorriso gentil e disse:

— Algumas questões importantes são resolvidas em sonhos. O que vocês farão com o que viram é escolha de vocês.

Não sabia o que fazer com aquele sonho que mais parecia saído da cabeça do próprio David Lynch, mas eu sabia que deveria voltar para o castelo. Mas, ao mesmo tempo, não sentia como se estivesse saído dele. Estou fora dele ou não estou?

Castelo Vampírico
Entre as paredes sinistras do Castelo Drácula, Rute Fasano registra em seu diário as angústias de uma alma consumida pela perda e pela culpa. Assombrada por memórias que recusam o descanso eterno, ela mergulha em abismos existenciais enquanto busca sentido numa fé já desfeita. Para Rute, a única certeza parece repousar na própria morte ou, talvez, numa reversão obscura dela. Seu relato é um testemunho de saudade e consequências, onde a linha entre a vida e o fim torna-se tênue como um último suspiro. » Leia todos os capítulos.

Escrito por:
Valesca Afrodite Gomes

Valesca nasceu no Rio de Janeiro (RJ), cursa Ciências Biológicas, encontra-se no último período. Tem paixão por ciências, subcultura gótica, livros, seres sobrenaturais, ficção científica, cemitérios, igrejas e morcegos, ela também é voluntária em um projeto de divulgação científica chamado "Morcegos na Praça". Escrevia com frequência, mas afastou-se da prática ao... » leia mais
17ª Edição: Dívanno - Revista Castelo Drácula
Esta obra foi publicada e registrada na 17ª Edição da Revista Castelo Drácula, datada de junho de 2025. Registrada na Câmara Brasileira do Livro, pela Editora Castelo Drácula. © Todos os direitos reservados. » Visite a Edição completa.

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