Pacto

Foto de Akira Eshi

Ergue o olhar ao céu de turno em turno 
a consultar um livro atentamente, 
assim é que ela aguarda paciente 
os astros alinharem-se a Saturno. 

À densa mata adentra facilmente 
a fim de ter com seu fauno noturno 
e por um canto crebro, assaz soturno, 
seu ritual começa diligente: 

Traça-lhe a estrela ao chão e amor lhe jura 
numa gota de sangue, sobretudo; 
dança em transe despida e, nesta altura, 

gargalha e então blasfema, faz de tudo 
a pobre ninfa, como que em loucura, 
no afã de pertencer ao seu chifrudo.

Poema publicado na 1ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de janeiro de 2024. → Ler edição completa

Leia mais deste autor:

Thiago Amorim

Sou formado em Letras, tenho um livro para ser publicado (Scintilla Poetica) e, também, atuo em outras artes como a dança, dando oficinas e workshops.

Anterior
Anterior

O Paciente das 18h

Próximo
Próximo

Todos Iguais