Pacto
Ergue o olhar ao céu de turno em turno
a consultar um livro atentamente,
assim é que ela aguarda paciente
os astros alinharem-se a Saturno.
À densa mata adentra facilmente
a fim de ter com seu fauno noturno
e por um canto crebro, assaz soturno,
seu ritual começa diligente:
Traça-lhe a estrela ao chão e amor lhe jura
numa gota de sangue, sobretudo;
dança em transe despida e, nesta altura,
gargalha e então blasfema, faz de tudo
a pobre ninfa, como que em loucura,
no afã de pertencer ao seu chifrudo.
Poema publicado na 1ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de janeiro de 2024. → Ler edição completa
No dia que o revés lhe bate à porta, | ele escuta a notícia lastimável | e implacável de que ela agora é morta, | que jaz num mausoléu inviolável….