Soneto da Imortalidade
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De papéis, livros, tinteiros e canetas
Do verso, à minha aorta e cava eternas
Antes, acreditando pertencer a uma natureza findável,
Agora, tendo certeza da minha infinitude,
Quero viver a imensidão da eternidade
E em minha plenitude hei de espalhar minha maldição
Revés de quem tem amor a Vida;
Sorte de quem se fortalece na escuridão
E assim enquanto escrevo, me imortalizo
Porque a Morte é a solidão de quem não versa,
E a Não vida o acaso de quem se submete às presas
Eu possa me dizer do abraço sombrio:
Brindo à Morte, a continuação da Vida;
Brindo à Não Vida, dissolução da Morte.
Texto publicado na 2ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de fevereiro de 2024. → Ler edição completa