O quanto poderemos enxergar
Além da Floresta Negra?
Deste berço de um recém-nascido
Que chamamos de nosso lar,
Um planeta em declínio.

Os seres que vivem ocultos nos céus,
Os enxergamos como meros eventos,
Incógnitas ambulantes.
Mas quem são eles,
Se não metáforas de nossa ingenuidade?

Sombras que rastejam sob lugares sutis,
Irmãos pelo mesmo Criador,
Mas inimigos desde o útero do Éden.
A vida diferente da humana
É vista como uma doença: renegada e combatida.

Uma alusão ao complexo de Deus,
Não somos nada, se não expectadores
Rabugentos e egoístas.
Jamais conheceremos o mistério dos céus,
Da vida que é abrigada pelo véu do vazio.

Espernearemos até o fim de nossas existências,
Enquanto eles: observam, estudam e nos evitam.
Somos como uma perturbação pensante;
Baratas em um mero planeta –
Insetos esperançosos.

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