Floresta
Imagem criada pelo autor com IA
Dentro dos domínios pungentes da sanidade, me perco por inteiro.
A eterna precipitação das cinzas assenta-se em camadas cada vez mais grossas sobre o solo, encobrindo qualquer vestígio de vida. Nesta floresta monocromática somente a eternidade e a amargura permanecem.
Negras, carbonizadas, jazem as árvores. Emissárias da degeneração infindável e moradia daqueles que desistem de buscar os limites da Floresta.
Em movimento, as cinzas não condensam, mas basta um único segundo inerte para sentir o ímpeto lúgubre da ruína que recai sobre tudo.
Aqui, firmo eu, meus pés, sitiado entre o intérmino vazio e o descorado solo que se compõe.
Texto publicado na 4ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de abril de 2024. → Ler edição completa