O Degelo da Rosa
Imagem criada e editada por Sahra Melihssa para o Castelo Drácula
É o medo de nadar no lago,
e afundar no raso,
e morrer sem ar.
É o medo de inundar o peito, de fôlego e de amor,
E findar no nada,
e, no oco do inferno, praguejar e sangrar.
É a vida abrindo à víscera da morte;
O ontem, o hoje — o medo, a sorte —,
todos os cheiros e as linhas tortas do amanhã.
A brutalidade do ar.
A ferida, salgada, inflamando,
apodrecendo, desconcertando,
pra depois curar.
É o inverno dos dias encontrando a aurora,
funeral que se encerra
em chuva mansa, prato quente e botão de rosa.
O abismo dessa terra dourada,
abrindo-se com graça,
nos desafiando a pular.

Lídia Machado
Vivendo por entre bibliotecas e saraus, desde o início de sua juventude a autora Lídia Machado vem tecendo íntima conexão com a poesia e com a escrita. Primariamente, cronista e fabuladora nas aulas de redação. Depois, aos quinze, jornalista estagiária as quais saía, de mototáxi – munida de coragem e de pouca bagagem profissional – rumo aos eventos da charmosa Limoeiro do Norte. Entrevistas, escrita e até mesmo o contato com antigos e leais assinantes do jornal. Também nascia, ali, o amor pela fotografia. Aos dezenove, iniciou como… » leia mais

Esta obra foi publicada e registrada na 15ª Edição da Revista Castelo Drácula, datada de abril de 2025. Registrada na Câmara Brasileira do Livro, pela Editora Castelo Drácula. © Todos os direitos reservados. » Visite a Edição completa.
Leituras recomendadas para você:
Saudosa alma silente e melancólica, | Efêmeros ocasos: meu langor… | No onírico resido e quão simbólica | A vida é n’esta gênese do alvor…