Enodia
Imagem criada e editada por Sahra Melihssa para o Castelo Drácula
Era o cão que latia,
a Lua enegrecida que reinava…
A fuligem de fogueira sacra a subir,
Enodia atravessando o bosque na madrugada,
fria, atenta, armada,
Abençoando os mortos do Hades e ensinando o lobo pequeno a grunhir.
Mãe dos desajustados, mofinos, maltratados…
Senhora de toda vida que aprende a esgueirar,
Ouro que adorna a margem…
Poeira viajante, oriunda do solo do mar.
Senhora de chuva mansa, de ventania brava,
Impiedosa e fiel,
Maior que os serafins,
Maior que Roma…
Anterior ao reino dos céus.
“Quem é essa?” — perguntam titãs.
Depois, olimpianos.
“Ninguém sabe ao certo…” — diz Zeus.
“Sua andança é incerta,
A face é medonha,
E hoje…
ela caminha sem véu.”

Lídia Machado
Vivendo por entre bibliotecas e saraus, desde o início de sua juventude a autora Lídia Machado vem tecendo íntima conexão com a poesia e com a escrita. Primariamente, cronista e fabuladora nas aulas de redação. Depois, aos quinze, jornalista estagiária as quais saía, de mototáxi – munida de coragem e de pouca bagagem profissional – rumo aos eventos da charmosa Limoeiro do Norte. Entrevistas, escrita e até mesmo o contato com antigos e leais assinantes do jornal. Também nascia, ali, o amor pela fotografia. Aos dezenove, iniciou como… » leia mais

Esta obra foi publicada e registrada na 17ª Edição da Revista Castelo Drácula, datada de junho de 2025. Registrada na Câmara Brasileira do Livro, pela Editora Castelo Drácula. © Todos os direitos reservados. » Visite a Edição completa.
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