Glícia Nathállia Campos

Multiartista, Glícia se apaixonou pelas letras muito cedo e, desde então, lê e escreve com profundez e humanidade. Nasceu na Capital da Bahia e por lá que passa boa parte do seu tempo produzindo arte. Revista Literata é seu atual projeto literário, uma revista minimalista que agrega escritores de todos os tipos.

“Nascida em um outono, na capital da Bahia, cresci em uma família que me proporcionou muito incentivo ao estudo e à cultura de qualidade. É por isso que sou uma pessoa que ama a leitura, o conhecimento, a escrita e outras áreas artísticas. Minha paixão pela arte faz aprofundar-me nela. Enfim, sou alguém com uma sensibilidade aflorada; aprendi a lidar com situações com muita humanidade, senso e responsabilidade. Sou livre de convenções e de preconceitos.” - Glícia Nathállia

 
 

Entrevista

Onde você vive e onde nasceu?

Eu moro em Salvador, na Bahia, onde nasci.

Quais as formações que compõe o seu conhecimento?

Tenho o curso de Psicologia a concluir, mas sou formada em Terapias Holísticas pela Ibrath. Mas o mais importante do conhecimento que me rege foi a dedicação ao estudo e à leitura. Após isso, as formações técnicas em dança, teatro e aulas de canto me fizeram saber como trabalhar melhor em um personagem no momento da sua construção, até pensar na entonação da sua fala. Um escritor que se aprofunda em outras áreas da arte, desde desenho até fotografia, não mecessariamente apenas teatro, música e dança, têm uma percepção maior e mais ampla no momento da escrita, em relação aos textos, criação e elementos para a construção da sua obra, porque acaba compreendendo sobre interpretação e emoção dos personagens, daí, consegue dar um comportamento mais adequado na cena que escreve.

O que te atrai na arte Gótica?

A sua profundidade e o desconhecido. Sempre há algo oculto que eu não consigo acessar ainda, até mesmo no que eu escrevo quando a categoria é mais similar ao gótico. Isso é que me encanta. Coisas profundas, intensas e misteriosas me atraem para elas e a beleza da Literatura Gótica me chama atenção.

Como foi seu processo de vínculo com a arte que você produz?

Tudo que me ocorria na infância, eu ia lá no papel desabafar em forma de poesia. Algumas impublicáveis (até algum momento), pois foram acontecimentos nem sempre positivos. Isso foi me motivando a continuar a criar outras coisas diferentes, a me inspirar e começar a escrever histórias. Era como se a poesia e as letras fizessem um combinado comigo: se precisar, estou aqui pra você. Era como se fosse um amigo ali atrás me ouvindo e continua sendo. Pois o que o escritor escreve sempre carrega um pouco dele, senão muito. Daí, fui profissionalizando, buscando, lendo, pois a leitura sempre esteve presente comigo desde a infância, devido aos livros didáticos escolares, que me faziam sentir um encanto indizível ao lê-los. inclusive, todos os livros didáticos escolares da minha irmã, eu ficava para mim após o seu uso e ainda os tenho na minha estante. As aulas de artes e de literatura, bem como de Língua Portuguesa na escola, eram as que eu mais pontuava na prova. Parece que as Letras estão me chamando há um tempo. É algo a refletir e fazer caminhar para que seja mais uma formação. Não apenas outras áreas da arte são importantes para o escritor, mas uma formação específica na área é enriquecidor.

Quais são seus projetos artísticos?

Idealizei a Revista Arte Literata, bem como outras na área da arte, mas esta tem sido a mais importante no momento desde o seu lançamento da primeira edição. Além de ter um perfil literário nas redes sociais voltado a conteúdo para leitores e escritores, que faz parte do mesmo objetivo da revista.

Quais outras artes você cria?

Eu chamo as minhas artes de 'quadrado artístico' e estou tentada a desenvolver um método envolvendo estas quatro artes que produzo: arte teatral, dança, literatura e música. Sempre estou participando de alguma montagem teatral, fazendo parte de algum elenco para espetáculos e cantando em eventos em que sou convidada, além do trabalho com a literatura. Mas estes quatro ainda têm muito a crescer, andar, evoluir. Por vezes, momentos angustiantes da nossa vida nos travam e nem tudo flui como queremos.

Quais artistas (músicos, escritores, poetas, pintores, etc.) te inspiram?

A escritora Anais Nïn e o escritor Pierre Louys (não atuais) me trazem aspirações e coragem para escrever sobre o que pretendo, por serem temas sinuosos e atípicos, em sua grande maioria, e esses escritores possuem essa característica em suas obras. Dos escritores atuais, aprecio demais o escritor Júlio Emílio Braz, com quem tive a oportunidade de fazer uma live no Instagram. Ele possui um estilo real, crucial, sobre questões sociais e paradigmas que precisam ser quebrados. Ele sai da curva do engessado e do certinho, dando voz a quem precisa de voz. Adélia Prado também é uma grande inspiração por ter ideais parecidos, e interpretá-la no teatro da escola, na época colegial, me fez querer estudar ainda amais sobre ela. E finalizando, mas com a mesma importância, ou maior, quero citar outra escritora atual que tem o estilo clássico em suas poesias e contos, além do seu estilo gótico na literatura que ela propõe, ela traz essa riqueza de vocabulário necessária para inspirar outros autores a irem mais longe na arte da escrita: a Sara Melissa de Azevedo, a quem eu tenho muito apreço, e, inclusive, já fizemos live juntas sobre Literatura de Terror e tenho me interessado pela Literatura Gótica cada vez mais por causa do seu estilo e iboa influência. Um outro escritor atual que me traz muita inspiração também é o Fábio Shiva. Também fizemos uma live juntos e ele participou da Revista Arte Literata de maneira belíssima com a sua arte literária. Sua escrita é um passeio para palavras necessárias, mas ditas com amor. Me identifico com escrita humanizada e, ao mesmo tempo difícil. É gostoso ler e escrever assim, com essa qualidade. Se aproxima do que proponho e do que tenho como característica em muitos escritos meus. Por isso aprecio todos que citei.

Recomende 3 obras suas para uma pessoa que não conhece a sua arte.

Uau! Difícil ser apenas três, hein? Mas vou tentar. Vou indicar uma poesia, um e-book e um conto. Para conhecer a minha escrita e identificá-la como minha, basta ler os contos que eu escrevo e as poesias de maior complexidade, principalmente conteúdos que vão do romântico e mais clássico ao perturbador e sinuoso, como: "Statione Infernum" (poesia), "Maçã de Outono" (conto) e "Indecifrável" (e-book/livro). Todos disponíveis nos links, respectivamente, exceto, Indecifrável, pois foi concluído e será publicado em livro físico.

Como você enxerga a Arte Gótica Brasileira?

Hum... se eu relatar tudo o que penso sobre isso, daria um artigo enorme. Mas posso dizer que a literatura brasileira é muito boa qualidade para não ser altamente valorizada em todos os sentidos quanto a literatura internacional é. Desde a mais antiga até a mais atual, ela tem uma qualidade ímpar. É curativa, terapêutica, reflexiva, filosófica, e, sobretudo, grandiosa.

Você usa referências brasileiras em sua arte? Como costuma fazer isso?

Sim. Vez ou outra acabo fazendo, principalmente, em relação aos escritores que admiro e se o estilo deles se aproxima do meu.

Conte-nos qual é o estilo das suas obras?

Apesar de escrever de maneira mais livre, no sentido de explorar linguagens diferenciadas − cultas e atuais (artigos com temas pertinentes), você vai encontrar coisas mais clássicas do que contemporâneas no que eu escrevo, inclusive, esrou escrevendo uns livros com histórias que se passam em época antiga e com a linguagem profundamente mais rebuscada. Eles estão em andamento.

Você tem outras informações relevantes que gostaria de compartilhar com as pessoas que não conhecem sua arte ainda?

Tenho textos impublicáveis. Não vou escrever apenas o politicamente correto.

Às vezes eu vou travar, vou sentir bloqueio, e esse tempo será importante para eu "respirar" e retomar com um novo gás. Se eu não estiver bem, a escrita não flui, caso seja sobre algum conteúdo que eu preciso concluir ou iniciar. Quando eu não estou bem, ela flui apenas se for como um desabafo do que eu estou passando. Então, muito do que eu escrevo pode ser real ou apenas fruto da minha criatividade e da sua imaginação. Você escolhe no que vai crer.

 
 

Obras da Autora

Linha do tempo

A autora vinculou-se ao Castelo Drácula em outubro de 2023.

A autora participou do Desafio Sombrio 2023.

A autora participou da 1ª Edição de publicações do Castelo Drácula

A autora participou da 2ª Edição de publicações do Castelo Drácula.

A autora participou da 3ª Edição de publicações do Castelo Drácula.

A autora participou da 4ª Edição de publicações do Castelo Drácula.

A autora participou da 5ª Edição de publicações do Castelo Drácula.

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