Olga Nivïttz
Desvelei-me à vida n’um entardecer carmim com o ascender da Lua Cheia Sangrenta; benção do meu vir-a-ser. Compreendi a Magia de Sangue — de nome Pherhesí — desde muito pequena. Ouvi, na tenra infância, o chamado do Ente Verbal, aquele que dá vida, o Criador, para que sua existência e poder se perpetuem por meio de suas criaturas. Fui ensinada e guiada por Dom Von Sirehn, dado que meu vínculo com a Magia despertou-lhe o tormento e eu compreendo tal diligência, pois, um poder de imensurável dimensão, em mãos de uma pequena criança, poderia destruir o mundo humano. Contudo, Dom Von Sirehn não compreendia que Mahesí, a Magiessência, a Magia Pura destituída de Sangue, era ínfima demais para minha sede inominável. Há poderes que só são alcançados quando vertemos as gotas do nosso próprio elixir vital.
Nenhuma voz, nenhum som garganta afora…