Vermelho
IA
Senti o frescor e o doce de seus lábios, próximos o bastante para transmitir o calor da pele. Seus olhos, poderosos e rubros, tal como uma taça de vinho tinto. A face rosácea corava com facilidade quando eu buscava sua cintura. Tudo n’ela, sem exceção, era perfeito.
Cada curva, habilmente esculpida pelos próprios deuses, encorajava em mim o desejo. Seu corpo, sobre o meu, incidia volúpia e dominância.
Não seria eu, sua funesta vítima, a contrariar os anseios de uma criatura tão ávida em subjugar.
As mãos, pequenas e delicadas, pressionaram meus pulsos contra o chão, desafiando pomposamente o princípio intrínseco de que eu poderia facilmente me livrar de tal ataque. Poderia, mas jamais o faria.
O corpo, ora pequeno, em desafio, ora grande em devassidão, recaía sob o meu, nu. Minha mente naufragava numa espiral de possibilidades, anseios, sugestões… porém, nada faria jus à lascívia que o momento já entregava.
A pele clara ocasionalmente se avermelhava, pelas minhas mãos, desejosas em buscar e em possuir.
Implorei para que aquilo não tivesse fim; e não teve. Seguimos noite adentro, com somente um ao outro como testemunhas.
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