Ao toque desta mão
Ao toque desta mão
que lhe transmite todo meu afeto,
ela abre o coração
e também o seu corpo por completo
que move-se, que torna-se irrequieto
e ao seu prazer lhe impele
por ter tanta paixão à flor da pele.
Ela é toda poesia. Dessa poesia que me acorda à noite e me ocupa o pensamento. De uma poesia factível, palpável que me priva da palavra e me abandona no indizível gozo dos sentidos. Sua alma abraça a liberdade, seu corpo se veste de êxtase e ela às vezes me brinda com uma exposição particular de uma arte cuja beleza exige interação. Vê-la assim nua sobre a cama diz mais do que o tesão que imediatamente se manifesta, é sobre um momento singular que nela exibe amor e confiança. E, do mesmo modo como ela se desnuda, eu a ela me devoto com a alma descoberta, absorto na excelência das suas curvas que me arrebatam levando-me para as nuvens e trazendo-me de novo à centelha na qual desejo com ela me consumir.
Meu toque suave lhe causa arrepios como a brisa do mar quando lhe toca a pele... Eu, como toda natureza, desejo envolve-la e com as pontas dos dedos, com o dorso das mãos, com a languidez dos olhos vou delineando as suas perfeições, arrastando-me morosamente a cada centímetro desse voluptuoso percurso, ao que ela reage movendo o corpo em meio a profundos suspiros que denunciam o fôlego que essa aprazível sensação lhe rouba. Ah! Como eu a quero! Que eu a afogue nesse mar de carícias, que eu a desperte para o fogo que me devora e que juntos alimentemos o gosto viciante do toque morrendo de amor.
A Literatura Erótica é uma arte, respeite o autor, mantenha-se distante e seja educado. Se algo te incomoda neste conteúdo, então apenas não leia mais as obras de Frenesia; se algo te agrada, aproveite em silêncio. O autor e o projeto não se responsabilizam por negligências alheias, más interpretações e pudores particulares.
No dia que o revés lhe bate à porta, | ele escuta a notícia lastimável | e implacável de que ela agora é morta, | que jaz num mausoléu inviolável….