Imagem criada e editada por Sahra Melihssa para o Castelo Drácula

Assim fragmentar-me e à tez sentir,
Aroma, calidez, silêncio a sós…
Desvelo uma clareira do existir
Às cordas d’este tempo em rijos nós…

A própria companhia que me tenho,
A lôbrega saudade sem porquê,
E mais, toda a memória que mantenho
Retida ao peito frágil — à mercê…

Tão íntimo, tão lânguido, tão meu…
As horas d’este outrora não vivido…
A espera, a fé tão núrida, o breu…

Amálgamas soturnos incendidos
Da gênese à tocante finitude;
Qu’estranha coisa, a vida, que amiúde,
Circunda-se em propósitos partidos.


Escrito por:
Sahra Melihssa

Poeta, Escritora e Sonurista, formada em Psicologia Fenomenológica Existencial e autora dos livros “Sonetos Múrmuros” e “Sete Abismos”. Sahra Melihssa é a Anfitriã do projeto Castelo Drácula e sua literatura é intensa, obscura, sensual e lírica. De estilo clássico, vocábulo ornamental e lapidado, beleza literária lânguida e de essência núrida, a poeta dedica-se à escrita há mais de 20 anos. N’alcova de seu erotismo, explora o frenesi da dor e do prazer, do amor e da melancolia; envolvendo seus leitores em um imersivo, e por vezes sombrio, deleite. No túmulo da sua literatura gótica, a autora entrelaça o terror, horror e mistério com a beleza mélea, o fantástico e o botânico, como em uma valsa mórbida… » leia mais
17ª Edição: Dívanno - Revista Castelo Drácula
Esta obra foi publicada e registrada na 17ª Edição da Revista Castelo Drácula, datada de junho de 2025. Registrada na Câmara Brasileira do Livro, pela Editora Castelo Drácula. © Todos os direitos reservados. » Visite a Edição completa.

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