Henrique Orige

Henrique Orige,bacharel em Letras, especialização em Português e Italiano, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é um poeta que adota o estilo simbolista em suas composições. Sua obra é primordialmente composta por sonetos, nos quais demonstra um domínio ímpar da forma e da métrica, embora não se restrinja na experimentação de outras estruturas poéticas, o que evidencia sua versatilidade literária.

Além de sua proeminência na escrita poética, Orige distingue-se no campo da tradução, onde seu conhecimento e sensibilidade permitem-lhe transpor para a língua portuguesa as nuances e a beleza de poemas italianos, com particular ênfase nas obras de Sergio Corazzini e Giacomo Leopardi. Suas traduções e composições originais são compartilhadas no perfil @oneirofagia no Instagram, constituindo-se em um rico acervo para apreciadores da poesia e da tradução literária.

 
 

Entrevista

Onde você vive e onde nasceu?

Nasci em Alvorada (RS), mas sempre morei na cidade vizinha, Viamão.

Quais as formações que compõe o seu conhecimento?

Sou bacharel em Letras (Português-Italiano) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Também tive um breve percurso nas Letras Clássicas, quando cursei quatro semestres de Latim na mesma universidade.

O que te atrai na Literatura Sombria?

A possibilidade de explorar temas e espaços que vão além da realidade cotidiana e do consciente.

Como foi seu processo de vínculo com a Escrita?

Compus alguns poemas ainda na infância e na adolescência, mas somente em 2016 comecei a escrever constantemente, sobretudo sonetos. Comecei a publicar minha poesia no Medium em 2020, e no Instagram em 2023.

Quais são seus projetos literários?

Publico meus poemas em uma página do Instagram chamada @oneirofagia. A ideia do nome veio do fato de que muitos dos meus poemas são baseados em sonhos que tive.

Quais outras artes você cria?

Tive três ou quatro breves projetos musicais de black metal, dark electro e ambient, todos divulgados de maneira muito seleta, apenas para alguns amigos próximos. Nunca tive a intenção de levar nenhum deles a sério, mas foram uma boa maneira de exercitar minha criatividade para além da escrita.

Quais artistas (músicos, escritores, poetas, pintores, etc.) te inspiram?

Gosto muito da arte simbolista ou próxima ao Simbolismo. Entre os autores, poderia citar Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos, Cecília Meireles, Jorge Manrique, Dante Alighieri, Gabriele D'Annunzio e Sergio Corazzini. Já meus pintores favoritos são Gustave Moreau, Franz Stuck, Arnold Böcklin, Alfred Kubin, Giorgio de Chirico e Carlo Carrà. Na música, acredito que gêneros como black metal, dark ambient e música clássica barroca tenham influenciado meu estilo de alguma forma.

Recomende 3 obras suas para uma pessoa que não conhece a sua arte.

Entre as composições, recomendo o soneto Um Sonho, por ter sido o primeiro poema que publiquei e por ser uma boa síntese do meu estilo, e o poema Fulgores, pelo seu ritmo pouco usual. No âmbito da tradução, indico o meu artigo no número 49 da revista acadêmica Cadernos de Tradução, em que apresento uma tradução comentada do poema Toblack, do poeta italiano Sergio Corazzini.

Qual sua opinião sobre a Literatura em seu país?

Admito que não sou um grande conhecedor da literatura contemporânea do país, mas com certeza há muita qualidade na literatura produzida aqui entre o século XIX e o início do século XX.

Você usa referências do seu país em suas obras? Como costuma fazer isso?

Referencio, em alguns poemas esparsos, símbolos típicos do sul do país, como a pampa, as araucárias e o chimarrão. Pessoalmente, acho difícil conciliar essas referências com elementos clássicos ou medievais e, em geral, acabo por evitá-los quando a inspiração não é grande o suficiente.

Conte-nos qual é o estilo das suas obras?

Identifico-me como simbolista. No campo da forma, escrevi apenas sonetos por muito tempo, mas ultimamente tenho explorado ritmos e metros diversos.

Você tem outras informações relevantes que gostaria de compartilhar com as pessoas que ainda não conhecem sua Literatura?

Para além da produção autoral, indico também as minhas traduções de poesia italiana no perfil @oneirofagia.

 
 

Obras do Autor

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O autor vinculou-se ao Castelo Drácula em março de 2024.

O autor participou da 4ª Edição de publicações do Castelo Drácula.

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