Vem, a noite é regélida, escalda
Com este ávido olhar enfurecido
Mi'a tez que te suplica a nívea calda
Na língua, se entornando — e me ungindo;

Co'as mãos, sim, bate à face lacrimante,
Sufoca-me, sê rígido, violento
Conduza-me o prazer tanto instigante
Açoita-me de fato, firme e atento;

Por mais, dê-me o vil sorrir maldoso,
E o amor de bruto ímpeto, m'engasga
Co's dedos, insinua, confragoso,

E chama "minha doce" mui me afaga
"Eterna submissa" — diz, e apanho,
No fundo te aprofundas, e no banho,
Afogas-me em louvor à minha chaga.

A Literatura Erótica é uma arte, mantenha o respeito e a educação para com a autora desta obra. Se algo te incomoda neste conteúdo, não o leia; se algo te agrada, aproveite em silêncio. A autora e o projeto não se responsabilizam por negligências alheias, más interpretações e pudores particulares.

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