Me(se)dusa
Límpido rosto, cabelos ao vento: | Brava natura, serpentes à solta | Lembram seus cachos (de preto veneno),| Prendendo quem olha, pois impressiona…
Veemência
Sim, sorvo a rigidez com sede intensa! | Repara o quanto sou tão dedicada! | Ordenas toda a noite, e eu já propensa, | Acato salivando e bem calada;…
Quisera ser pra mim
Quisera ser pra mim… a rasteirinha, | Os dois pezinhos brancos… bem pintadas | As unhas delicadas, vermelhinhas… | Quisera assim pra mim, toda arrumada…
Minha
Sulco a tua pele pálida e | Desejo morrer em teu ventre, | Se vens com teu rosto afável, | Teus olhos luzentes de céu, | Almejo afogar tua boca…
Erupção
Ela estimula aquele fogo ardente | que torna boa a rocha consistente | sobre a qual ela doida se coloca. | Por cada veia que realça o gozo…
Segredo
Quase sempre a loucura se repete: | sob o grosso edredom ela se mete | a buscar seu prazer, secretamente. | Nada arrefece o seu tesão noturno...
Decoro
Não fumo… não tolero o cheiro estranho | Que sinto evaporar dessas alcoólicas | Porções que multiplicam-se nos cantos… | Não sou de me abeirar…
